Grêmio vem embalado pelos jogos na Libertadores, que este ano aconteceu em data mais próximas do Mundial de Clubes (Foto Lucas Uebel, Grêmio FBPA)

Gaúchos lutam contra supremacia dos espanhóis, como o Real Madrid

*Do R7

Às 15h (horário de Brasília), em Abu Dhabi, o Grêmio não terá apenas o poderoso Real Madrid-ESP à frente. Em busca de seu segundo título mundial, a equipe gaúcha terá que desmontar também a supremacia europeia na competição.

Desde que começou a ser disputada com essa fórmula, em 2000, apenas brasileiros venceram os europeus. Mesmo assim, a diferença é pesada: foram quatro títulos do país contra nove dos Europeus (entre 2001 e 2004, apenas a partida do Mundial Interclubes foi disputada).

Os espanhóis são os que mais dominam a disputa, com cinco títulos (três do Barcelona e dois do Real). Se o Grêmio vencer, o Brasil empata em número de taças.

A favor dos gaúchos, um time esquentado pela mudança no calendário da Libertadores, disputada apenas em novembro – nos anos anteriores, a final era disputada entre julho e agosto, com os times esfriando no segundo semestre até a chegada da data do Mundial.

O Real, ainda que não deva ser subestimado, não vive seus melhores dias. Classificou-se para as oitavas de final da Liga dos Campeões em segundo no grupo, vencido pelo Tottenham-ING. No Espanhol, é o quarto colocado, atrás de Barcelona, Valência e Atlético de Madri. Cristiano Ronaldo tem apenas quatro gols em 15 partidas – um número incomum para um fenômeno.

Ao Grêmio, se falta um ataque mais efetivo, é na defesa bem armada e na criação que estão as apostas. Lucas Barrios não é o artilheiro dos sonhos, e Jael, menos ainda.

O tricolor projeta em suas quase crias Luan e Éverton o título. Luan rodou pelo interior de São Paulo, em clubes do norte do Estado, como América de Rio Preto, Tanabi e  Catanduvense antes de chegar a Porto Alegre, em 2014, já com 21 anos. Éverton, autor do gol que garantiu aos gremistas a vaga na final, contra o Pachuca-MEX, veio do Fortaleza quando ainda tinha 15 anos, mas profissionalizou-se no Grêmio. A reserva neste sábado é apenas um detalhe.

Ao contrário de sonhos brasileiros anteriores, o Grêmio sabe que é possível vencer o Real. Ao contrário do rival de hoje, os gaúchos tiveram um ano de ouro, com a conquista da América, um lugar entre os quatro melhores do Brasileirão mesmo jogando a maior parte do torneio com time reserva e semifinalista da Copa do Brasil. Não bastasse tudo isso, viu o principal rival, o Internacional, na série B e subindo sem nem mesmo conquistar o título da segunda divisão.

A cereja do bolo, acreditam, virá neste sábado, nos Emirados Árabes. A conferir.