11º colocado, com apenas 25 pontos somados, o Athletico se vê em uma situação extremamente delicada na luta pelo acesso na Série B. Com uma campanha muito irregular, o Furacão não só desperdiçou oportunidades de alcançar o G4, como também se afastou do pelotão de cima. O que não quer dizer que seja impossível sonhar com a volta à elite de 2026.

Jogadores do Bahia comemoram o acesso em 2016
Em 2016, Bahia tinha os mesmos 25 pontos do Furacão ao final do primeiro turno e subiu. (Foto: Felipe Oliveira/Bahia)

Neste momento, o Rubro-Negro está cinco pontos atrás da Chapecoense, atualmente a quarta colocada. Embora seja difícil, o passado traz exemplos para o time atleticano que a reação já aconteceu. Três times com 25 pontos ou menos a essa altura, conseguiram subir ao final do campeonato. Uma delas praticamente na mesma situação que o Athletico vive atualmente.

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Em 2006, na primeira edição dos pontos corridos, o América-RN fechou o primeiro turno com os mesmos 25 pontos do Furacão, exatamente cinco pontos atrás do G4. A única diferença é que ocupava o 12º lugar. Porém, o clube fez um segundo turno de 36 pontos conquistados, fechando com 61 e subindo na quarta colocação.

2016 foi o ano dos ‘milagres’

Em 2016, dois times que estavam praticamente descartados ao término da primeira metade da Série B surpreenderam e com um returno quase impecável fecharam o ano no G4. O primeiro deles foi o Bahia, que também tinha os 25 pontos assim como o Rubro-Negro em 2025, e terminou em décimo, uma posição melhor, mas oito pontos atrás do G4.

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Ainda assim, o Tricolor terminou na quarta posição, com 63 pontos, sendo 38 somados na metade final. Foram 11 vitórias, cinco empates e três derrotas, desbancando quase todos os adversários e tendo a terceira melhor campanha do returno.

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Mas teve quem fosse ainda melhor e é talvez o caso que o Athletico mais possa se inspirar. O Avaí tinha somado somente 23 pontos no primeiro turno, ocupando o 15º lugar, somente três pontos acima da zona de rebaixamento e dez pontos atrás do Atlético-GO, então quarto colocado. Só que no returno, conseguiu incríveis 43 pontos, com 13 vitórias, quatro empates e duas derrotas. Um aproveitamento de 75,4% que o fez terminar como o vice-campeão, conquistando o acesso com uma rodada de antecedência.

Athletico ainda tem um exemplo extra

Dificilmente um time que terminou a primeira parte da Série B na metade debaixo da classificação conseguiu o acesso. Mas houve um caso a mais, que foi o do Atlético-GO, em 2023. Embora tenha terminado com 27 pontos, o Dragão vivia um caso mais complicado que o do Furacão, afinal era também o 11º, mas estava há oito pontos do G4, uma diferença maior do que vive o Rubro-Negro.

Porém, no returno a equipe goiana somou 37 pontos, sendo a melhor na metade final e garantiu a vaga na última rodada, também contando com alguns tropeços dos concorrentes.

De qualquer forma, o Furacão vai precisar melhorar – e muito – seu aproveitamento. Para chegar ao número mágico de 64 pontos, tem que passar de 43% para 68,4%, algo que nem o Goiás, campeão simbólico do primeiro turno, conseguiu. Mas o passado prova que equipes desacreditadas não estão fora da disputa.

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Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.