O Batel de Guarapuava anunciou neste domingo (5) a demissão do volante Diego, acusado de racismo contra o zagueiro PV, do Nacional, durante a partida válida pela 3ª rodada da Taça FPF 2025, disputada no sábado (4). O caso provocou paralisação de 18 minutos e foi conduzido dentro de campo conforme o protocolo antirracismo da FIFA.

A confusão começou nos minutos finais da partida, quando o defensor do Nacional reagiu a uma suposta ofensa racista e agrediu o adversário. O árbitro Diego Ruan Pacondes da Silva aplicou o gesto dos braços cruzados — símbolo do protocolo global — e interrompeu o jogo até que a situação fosse controlada. O atleta PV acabou expulso após o lance.
Após denúncia de racismo, Batel desliga atleta
Um dia depois do ocorrido, o Batel divulgou um comunicado oficial nas redes sociais anunciando o desligamento imediato do jogador acusado.
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“Após apresentar-se às autoridades competentes em relação à ocorrência registrada na partida de ontem, o atleta envolvido foi imediatamente desligado de suas atividades e não integra mais o elenco profissional do clube”, informou o texto.
O clube afirmou ainda que “reitera seu compromisso com o respeito, a igualdade e os direitos humanos”, repudiando qualquer forma de preconceito, racismo ou discriminação, e declarou que continuará colaborando integralmente com as autoridades “para que os fatos sejam esclarecidos e as medidas legais cabíveis sejam devidamente aplicadas”.
Nacional divulgou nota de repúdio ao caso de racismo
Logo após o jogo, o Nacional publicou uma nota oficial de repúdio, afirmando que o atleta PV foi vítima de racismo.
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“O racismo é crime e não pode ser tolerado em hipótese alguma. Esse tipo de atitude fere não apenas o nosso atleta, mas também os valores do esporte e da sociedade”, destacou o clube.
O Nacional ainda cobrou medidas cabíveis das autoridades e reforçou seu compromisso com a igualdade e o respeito no futebol.
Posicionamento da Federação Paranaense de Futebol
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) confirmou o episódio e informou que o árbitro agiu conforme o previsto nos casos de racismo.
“Após uma situação de jogo que causou confusão na área, o zagueiro do Nacional acabou expulso por agressão contra um jogador do Batel, ao supostamente reagir a uma injúria racial, desferindo um soco no adversário. O árbitro da partida, Diego Ruan Pacondes da Silva, seguiu o protocolo global antirracismo da FIFA, com o gesto característico dos braços cruzados, sinalizando o ocorrido, e a partida ficou parada por cerca de 18 minutos”, diz o comunicado.
A FPF também confirmou que o caso será encaminhado aos órgãos competentes da Justiça Desportiva para investigação e possíveis punições.
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