Curitiba - Um dos principais nomes do título do Coritiba na Série B de 2025, Josué abriu o jogo e revelou os problemas que teve com o técnico Mozart ao longo da temporada. O português, que chegou no Coxa em 2024, ainda apontou as mudanças de gestão e postura da diretoria de um ano pra cá.

Quando chegou ao clube, o atleta não pisou em solo totalmente ‘desconhecido’, uma vez que já tinha ouvido falar do Coxa por conta das contratações de Slimani e Samaris, em 2023, e ter estudado sobre o clube. Inclusive, a torcida fez algo determinante para ele tomar a decisão de jogar no Brasil.
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Só que o primeiro ano foi de dificuldades e adaptação. Quando 2024 iniciou, a expectativa era de se firmar, o que aconteceu, mas depois de um longo processo que passou pela ‘conciliação’ com o treinador.
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Mozart revelou bastidores da relação com o atleta e admitiu que, se pudesse fazer algo diferente, “Talvez eu teria me acertado antes com o Josué”. O meia revelou, em entrevista ao Coxanautas, logo após a conquista da segunda divisão, que questionava muito os treinos, algo que o treinador não gostava.
“Na Europa é normal nós questionarmos e obviamente com respeito, mas questionar o porquê, e com Mozart não era normal e ele não gostava muito (…) Teve um dia que eu levei uma uma pancada no treino e comecei a xingar e o Mozart parou o treino e eu disse: “Tá bom o corpo é meu, sou eu que levo porrada e tu vais parar o treino porquê?” E no dia seguinte ele me chamou pra sala dele”, disse Josué em entrevista.
O “acordo de paz”
A partir dessa conversa, treinador e jogador se acertaram e a relação passou a mudar. Josué comentou que tem uma personalidade muito parecida com a do Mozart, e que hoje o relacionamento entre eles é positivo.
“Agora ele sabe muito bem que se ele vai para a guerra eu sou dos primeiros a estar nas costas dele sem a mínima dúvida… Nós temos um uma personalidade muito parecida, é aquela arrogância, não na maldade, mas aquela arrogância, aquele orgulho em perceber que erramos, mas não queremos dizer que erramos”, explicou.
Mudanças na SAF
Para Josué, a mentalidade foi o que mais mudou no Alviverde de 2024 para 2025, especialmente dentro de campo. Ele ressaltou que a postura de “Não vamos perder o jogo” foi implementada nessa temporada, algo que no ano passado parecia “ser comum” e que os atletas se ‘conformavam com a derrota’. Além disso, citou também as mudanças na estrutura do clube, como as melhorias no CT da Graciosa.
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“A maior diferença que eu vi é que este ano íamos para o jogo e o sentimento era: ‘Não dá para perder. É impossível. Nós podemos não ganhar, mas vamos dar a vida e não vamos perder’… E ano passado não, parecia que era ok perdermos (…) Eu cheguei o ano passado e a academia do Coritiba era num segundo andar, tinha que subir umas escadas, e agora a transformação que que eles fizeram é de outro nível, é totalmente diferente a maneira de que eles estão a dar passos seguros para sustentar o Coritiba como um clube que deve ser na série A”, revelou.
Josué fica no Coritiba?
A entrevista ao Coxanautas aconteceu no dia 27 de novembro, quatro dias após a confirmação do título da Série B, diante do Amazonas. Naquele momento, Josué confirmou a vontade de permanecer no clube e revelou que esse também é o desejo da família dele.
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“Eu gosto muito de estar aqui, a minha família também gosta (…) nós gostamos muito de estar aqui e certamente as coisas vão caminhar bem, porque é uma coisa que eu gostaria e o clube também“, revelou. Passados quase 15 dias, até agora nenhum anúncio oficial foi feito.
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