Curitiba - Carrasco., uma palavra costumeiramente usada para se referir a alguém que atrapalhou ou impediu a concretização de um objetivo de um grupo ou uma pessoa. Em um Atletiba, dois jogadores carregam, até hoje, esse título. Em 101 anos de clássico, poucos jogadores do Athletico frustraram tanto a torcida do Coritiba quanto Luizinho Netto. No lado do Coxa, era Geraldo quem causava a fúria dos torcedores do arquirrival.

Eles, que viraram ídolos dos respectivos clubes que defenderam, participaram do Bate Pronto Paraná dea quinta-feira (26) e falaram da importância que o Atletiba teve em suas carreiras. Além disso, relembraram gols inesquecíveis e deram os palpites para o jogo.
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Agora torcedores, Luizinho Netto e Geraldo vão acompanhar o clássico marcado para este sábado (28), às 18h30, na Arena da Baixada. A partida terá cobertura e transmissão especial da Jovem Pan News Curitiba (107.1 FM e Youtube) e da Banda B (AM 550, 89.3 FM e Youtube).
“Sempre me diziam o seguinte: quando você aprender a jogar um Atletiba, tu virará ídolo do clube. E eu aprendi”
Ex-lateral, Luizinho Netto vivenciou a fase artilheira enquanto atleta do Athletico entre 1997 e 2003. Lembrado por muitos por ter feito o primeiro gol do Athletico em Libertadores da América (em 2000), Luizinho guarda no coração a recordação de um gol especial contra o Coritiba: o marcado em um rebote de uma cobrança de pênalti na goleada por 4×1 sobre o rival na final do Paranaense de 1998.
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“Tem um que, até hoje, eu lembro. Eu fiz um gol contra o Coritiba no Pinheirão. Eu bato o pênalti, perco, mas tenho a felicidade da bola voltar pra mim e, de perna esquerda, eu embalar um chute forte no ângulo. Hoje, acho que não conseguiria mais fazer isso (risos). Foi marcante porque foi um momento que, em cinco segundos, fui do inferno ao céu”, afirmou.
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O gol veio em um momento de consolidação para o atleta no Furacão, visto que estava em seu primeiro ano no clube. Em 1997, quando foi contratado, já sentiu o peso da responsabilidade que teria em jogos contra o rival. Atualmente com 51 anos e acreditando em uma vitória por 2×0 no sábado, ele guarda na memória os pedidos que recebeu dos atleticanos.
“Quando cheguei no Athletico, sempre me disseram que jogos contra o Coritiba eram considerados à parte. Eu lavava meu carro perto da Arena da Baixada e sempre me diziam o seguinte: quando você aprender a jogar um Atletiba, tu virará ídolo do clube. E eu aprendi, porque, a partir daí, comecei a correr atrás e me preparar. Ser lembrado até hoje pela torcida do Athletico é muito gratificante”, finalizou.
“Quando eu jogava Atletiba, eu não perdia. E quero voltar ao Coritiba pra jogar mais”
O atacante Geraldo se tornou um grande carrasco do Athletico. Enquanto atleta do Coritiba, ele esteve presenta no time campeão paranaense entre 2010 e 2013, sendo que marcou época pelos gols anotados especialmente nas finais. Atualmente com 33 anos e jogando no Corum FK, da Turquia,, ele não tem dificuldades em escolher o gol mais marcante que fez no Furacão.
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“Sem dúvidas, aquele que fiz contra o Athletico em 2010. Eu vou pra cima do zagueiro Manoel e dou um toque por cima do goleiro. É uma satisfação lembrar desses momentos, saber que estou marcado na vida do torcedor do Coritiba. Eu fiz muitos gols nas finais, então, pra mim, sempre foi muito diferente. Eu fico muito feliz por essa lembrança deles”, disse o angolano.
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Palpitando em uma vitória do Coxa na Arena da Baixada por 2×1, Geraldo faz duas revelações: a primeira delas, de que negociou um retorno ao clube em 2022, não concretizado. E, a segunda, repleta de nostalgia: ainda quer jogar mais um Atletiba antes de se aposentar.
“Eu acredito que o Coritiba vai conseguir ter um grande resultado na Arena da Baixada. Quando eu jogava clássico contra o Athletico, eu não perdia. Eu tenho um carinho muito grande pelo Coxa até hoje. Quando o René Simões voltou para o clube, em 2022, como diretor, ele e eu negociamos um retorno. Mas não deu certo. Eu quero voltar ao Coritiba e ter a chance de jogar um Atletiba de novo”, disse.
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