Curitiba - O clássico Atletiba terminou mais uma vez em igualdade no placar. No entanto, o 0 a 0 não reflete a diferença na luta dos dois times na Série B. Enquanto o resultado garantiu um ponto que manteve o Coritiba na liderança da competição, o Athletico não conseguiu reduzir a distância para o G4, permanecendo a quatro pontos da zona de classificação.

Após a partida, o técnico Odair Hellmann não fugiu da responsabilidade da equipe pelo resultado, mas também criticou a arbitragem, que, segundo ele, interferiu diretamente no jogo. “Foi um jogo que, principalmente pelo primeiro tempo, merecíamos um resultado diferente. No segundo tempo não teve jogo”, lamentou.
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Para o treinador, o time deveria ter aproveitado a vantagem numérica em campo para “ter sido capaz de ser mais efetivo no poder e controle de jogo”. “Não tiro nossa responsabilidade de que, quando o jogo andou no segundo tempo, nós tínhamos que ter produzido melhores movimentos ofensivos para ganhar o jogo”, afirmou.
Odair lamentou o empate e ressaltou que a postura do Athletico foi sempre em busca da vitória, o que acabou não se concretizando. “Eles saem, pela pontuação que têm no campeonato e com um jogador a menos, com sensação de vantagem. A gente sai daqui, onde não viemos para empatar e demonstramos isso desde o começo do jogo, que queríamos a vitória, com o empate. Esse empate soma um ponto, mas é ruim para a reta final. Agora é seguir e continuar acreditando até o final”, resumiu o treinador do Athletico.
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Odair não poupa críticas à arbitragem do Atletiba
Para Odair Hellmann, o resultado não ficou apenas na conta dos jogadores, mas também teve influência da arbitragem . Segundo o técnico, os problemas começaram na expulsão de Bruno Melo, lateral do Coritiba.
“A história do jogo começa com a expulsão do jogador do Coritiba. Ele era para ter sido expulso, mas o Daronco não queria expulsar. Ele expulsou porque se confundiu. Se tivesse visto que o cara tinha cartão amarelo, ele não teria expulso o jogador”, afirmou.
Na visão do treinador, o árbitro Anderson Daronco teria compensado vários lances após o cartão vermelho. Odair destacou ainda que, no segundo tempo, a partida acumulou mais de dez minutos sem bola rolando, o que prejudicou o ritmo do jogo.
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A reclamação também se estendeu ao pênalti não marcado a favor do Athletico, já que a arbitragem anulou o lance por falta na origem da jogada. “A compensação do Daronco prejudicou o jogo. Ela foi tão grande que conseguiu enxergar uma falta do Maicon no Viveros. Como um centroavante que está indo buscar espaço, que bate ombro com ombro, com uma perna à frente e o zagueiro cai, ele faz falta como?”, indagou.
Athletico mira reta final e Odair defende permanência
Na sétima colocação, com 50 pontos, o Furacão está agora a quatro da zona de acesso à Série A. Restando cinco rodadas e 15 pontos em disputa, Odair Hellmann reconhece o momento delicado, mas mantém a confiança na retomada rubro-negra.
“Agora, independente de ser clássico ou não, o próximo jogo vira clássico. São finais, é Copa do Mundo. Precisamos ter essa capacidade mental, tática e técnica”, ressaltou.
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O técnico também destacou que o time precisa resolver a situação “com coração e com alma”. “Eu continuo acreditando nessa classificação. Está difícil, deixamos distanciar quatro pontos, mas estávamos há 15 algumas rodadas atrás e ela diminuiu”, argumentou.
Por fim, sobre sua permanência no comando técnico, Odair reafirmou sua confiança no trabalho. “Se eu fosse diretor do Athletico, eu renovaria meu contrato por mais dois anos”, finalizou o treinador.
Com o empate no Atletiba, o Athletico agora terá tempo para trabalhar e buscar soluções. O próximo compromisso será em casa, contra o Amazonas, na segunda-feira, dia 27 de outubro, às 21h30.
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