Morreu, na madrugada deste domingo (20), o ex-presidente da CBF, José Maria Marín, Ele tinha 93 anos e a causa da morte não foi divulgada. No entanto, ele já vinha com problemas de saúde desde 2023, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

José Maria Marín, ex-presidente da CBF
Marin comandou a CBF entre 2012 e 2015. (Foto> Divukgação/CBF)

Ex-jogador de futebol e formado em direito, Marín teve uma carreira política, chegando a ser vereador de São Paulo e também vice-governador da gestão de Paulo Maluf, assumindo o cargo em 1982. Porém, pouco depois, ingressou nos bastidores do futebol, sendo presidente da Federação Paulista (FPF), entre 1982 e 1988, e chefe da delegação do Brasil na Copa do Mundo de 1986, no México.

A partir daí, passou a virar figura cativa na CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Chegou a ser vice-presidente da entidade e, por ser o mais velho entre eles, foi o sucessor de Ricardo Teixeira, que renunciou em 2012.

Polêmicas, decisões e prisão de Marin

Poucos meses antes de assumir a presidência da CBF, José Maria Marin foi flagrado colocando uma medalha de campeão da Copa São Paulo de Juniores no bolso durante a premiação. Na época, o dirigente afirmou ter sido um presente da Federação Paulista, mas um dos jogadores do Corinthians, que venceu aquela edição em cima do Fluminense, ficou sem a medalha, ganhando somente mais tarde o prêmio.

Já no comando da Confederação, uma das primeiras atitudes do então presidente foi demitir Mano Menezes do cargo de técnico da seleção brasileira. Para o seu lugar, trouxe novamente Luiz Felipe Scolari, que conquistou o penta. Junto com ele, veio Carlos Alberto Parreira, técnico do tetra e que agora seria coordenador técnico.

A decisão veio para abafar as polêmicas que agitavam os bastidores da CBF, com críticas de gestão e acusações de fraudes. Inicialmente, a escolha deu certo. O Brasil conquistou a Copa das Confederações em cima da Espanha e foi para a Copa do Mundo com moral, mas no ano seguinte veio o 7×1 da Alemanha no MIneirão.

Em 2015, em investigação da FBI na Fifa, por conta de corrupção no futebol, sete dirigentes foram presos na Suíça, entre eles Marín, que foi julgado em 2018 nos Estados Unidos e foi condenado a quatro anos de prisão, além de pagar multa de mais de um milhão de dólares pelos crimes cometidos.

Em 2020, por causa da pandemia, conseguiu retornar ao Brasil e viveu em São Paulo os últimos anos.

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Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.