O futebol brasileiro ficou mais pobre, e o futebol paranaense está de luto com a morte de Otacílio Gonçalves. Um dos técnicos mais vitoriosos do nosso esporte faleceu na tarde desta terça-feira (18), aos 85 anos, em Porto Alegre, onde morava.

Campeão paranaense pelo Athletico em 1985, pelo Pinheiros em 1987 e pelo Paraná Clube em 1991 e 1995, também foi o treinador do maior time da história tricolor. Mas não apenas pela equipe campeã brasileira da Série B em 1992 que o Chapinha ficou marcado.
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Otacílio é fruto da poderosa escola gaúcha de treinadores. Começou a carreira como preparador físico, mas logo passou a auxiliar técnico, e nesta função participou do tricampeonato brasileiro do Internacional em 1975, 76 e 79. E foi no time colorado que estreou como treinador principal, ganhando o Campeonato Gaúcho de 1984.
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No ano seguinte, iniciou sua trajetória no futebol paranaense. Com um time que aliava a força defensiva com Marolla, Nenê e Sérgio Moura com o talento de Cristóvão, Agnaldo e Renato Sá, o Athletico foi campeão estadual de 1985 com Otacílio no comando técnico. Dois anos mais tarde, o título veio com o Pinheiros, com um time histórico que tinha Dionísio na defesa, Roberson e Serginho no meio e Sérgio Luiz e Mauro Madureira no ataque.
Otacílio Gonçalves e o Paraná Clube
Otacílio Gonçalves teve duas passagens pelo Coritiba, sem no entanto conquistar títulos. Diferente do que aconteceu no Paraná Clube. Em 1991 e 1992, entrou para a história – com o primeiro título tricolor, o Paranaense de 91, e a maior conquista, a Série B de 92. Com seu estilo tranquilo (não à toa o apelido de Chapinha) e muito conhecimento tático, o treinador moldou aquele time lembrado até hoje pelos torcedores, com Balu, Gralak, João Antônio, Serginho, Maurílio e Saulo.
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Depois de ser o primeiro técnico da “era Parmalat” no Palmeiras, Otacílio Gonçalves voltou ao Paraná Clube em 1995. Com Régis, Gil Baiano, Hélcio, Paulo Miranda, Claudinho e Mirandinha – e o retorno de Saulo -, o treinador conquistou seu quarto título paranaense. Ele teve mais duas passagens pelo Tricolor antes de encerrar a carreira, em 2002.
Chegou a trabalhar em rádio antes de viver de forma mais reclusa. Nesta quarta, ele deixou a vida, entrou na história e deixou mais triste uma legião de torcedores, amigos e admiradores.
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