
Contra os pontos corridos, contra a pasteurização do futebol e contra a pipoca gourmet, eu luto pelo fim do futebol moderno!
*Por Marcelo Batata
Saudades…
– do ingresso barato, dos setores populares, dos “Geraldinos”, da “Coréia”, de quando o povo tinha acesso ao futebol;
– de ajeitar a almofada no cimento do estádio;
– de descascar amendoim, entre um gole e outro de cerveja;
– de baixar a cabeça ao grito de: “olha o mijooo!”;
– do papel picado, de papel higiênico, de fumaça, de bandeirão e da pirotecnia livre;
– do radinho de pilha maior que o ouvido do tio do lado;
– da preliminar da base, já imaginando as revelações atuando no time principal;
– de andar por todo estádio e acompanhar o ataque do teu time; primeiro tempo atrás de uma goleira, segundo tempo na outra;
– do estádio que não é teatro;
– do jornalismo sem mimimi e zona mista;
– do álbum de figurinhas e da coleção da revista Placar;
– do futebol de botão com adesivo e com escalações dos times do momento;
– dos pontas direita e esquerda, que não recompõe…;
– do volante burucutu;
– do esquema “pega-ratão”;
– da comemoração sem cartão amarelo;
– do domingão de manhã, com campeonato italiano e churrasco;
– dos clássicos com torcida dividida ao meio na geral;
– de final de Campeonato Brasileiro;
– de um bom bate papo com o tio da social ao teu lado (já que não tinha Wi-Fi…);
– aliás, pra que Wi-Fi? Tu não larga o celular nem pra assistir o jogo do teu time do coração jogar? Imagina que louco uma arquibancada sem WhatsApp…
Saudações,
Marcelo Batata, com gene do concreto e já esperando “os modinha” do Barça virarem PSG…