Curitiba - O clima no ambiente do Athletico é de total tensão pela situação na Série B. A prova disso foi a entrevista coletiva do técnico Odair Hellmann após o empate em 1×1 com o Paysandu, na noite de domingo (3), na Arena da Baixada. O treinador foi à sala de imprensa apenas após uma hora do apito final do confronto e chegou sendo direto nas respostas.

Odair Hellmann em coletiva no Athletico
Odair Hellmann, técnico do Athletico. (Foto: José Tramontin/Athletico)

A tensão no ar era visível. A entrevista, a princípio, seria com o treinador e o lateral-direito Kauã Moraes, que alguns minutos depois foi “liberado” por Odair para descansar e poupar o garoto diante do mau momento. E logo de cara o treinador admitiu que os erros defensivos estão custando caro.

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Nós precisamos parar de errar na fase defensiva. Esses erros estão punindo a equipe e criando ainda mais dificuldade para a campanha (…) A gente já teve três ou quatro oportunidades de encostar ou chegar (no G4) e não conseguimos por próprios erros”, disse ele, nitidamente incomodado com o fato de o Furacão ter levado o gol poucos minutos depois de abrir o placar.

Mais uma vez conseguimos fazer o gol, fomos atrás, mas mais uma vez sofremos o gol em uma desatenção, um erro e esses erros estão custando estarmos em uma classificação melhor. Estamos errando muito e quando você erra é muito punitivo. É fora de uma normalidade até. Quando erramos, estamos tomando o gol e isso tem feito com que a gente tenha essa campanha. Temos que trabalhar e buscar soluções”, acrescentou.

Odair conversou com a diretoria do Athletico sobre saída

A demora pela chegada do treinador na sala de imprensa gerou questionamentos sobre a saída dele. Após seis jogos sem vencer, sendo cinco pela Série B e um pela Copa do Brasil, o trabalho de Odair Hellmann vem sendo questionado.

No entanto, o treinador refutou qualquer possibilidade de saída, pelo menos da parte dele, afirmando que “nunca desistiu na vida”

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“Se eu não acreditasse, não teria nem subido essas escadas. Conversamos a respeito disso, nunca desisti de nada na minha vida e não vou desistir agora, a não ser que me tirem daqui. Estou sentido com essa situação, mas sou o comandante e sou o primeiro a colocar a cara e acreditar que vamos resolver”, garantiu ele.

Treinador cobra parte defensiva

Assim como foi nas últimas três partidas, contra o Paysandu o Furacão saiu na frente, mas não conseguiu sustentar a vitória, cometendo erros na marcação. E é justamente isso que mais incomoda o treinador.

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De acordo com ele, a forma do Rubro-Negro jogar tem feito o time criar oportunidades, mas deixando a desejar lá atrás, justamente tendo no comando alguém que, em outros trabalhos, foi taxado de “retranqueiro”.

“A estrutura está potencializando a gente fazer gols, deve ser o time com mais gols no campeonato (é o terceiro, com 26 gols). Eu não estou conseguindo defender o meu rótulo de retranqueiro. O que estou mais “p” da vida é que não consigo defender isso. Nos jogos do Athletico não tem retranca nenhuma. Eu não caio morto por omissão. Eu tento, eu busco, eu faço. Só não consigo fazer milagre”, afirmou

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(Foto: Arquivo Pessoal)
Felipe Valente

Felipe Valente é especialista em matérias de Esporte, em especial trazendo informações sobre o que repercute na internet sobre times do Paraná, do Brasil e do Mundo.

Felipe Valente é especialista em matérias de Esporte, em especial trazendo informações sobre o que repercute na internet sobre times do Paraná, do Brasil e do Mundo.