A posição de goleiro, por natureza, exige decisões difíceis. No Athletico, o dilema se resume a dois nomes: Mycael ou Santos? De um lado, o jovem de 21 anos que representa o futuro do clube. Do outro, o ídolo de 35 anos que marcou história com títulos e atuações memoráveis. Em meio a falhas recentes e à pressão da torcida, o técnico Odair Hellmann já deixou pistas sobre qual caminho seguirá.

Titular ao longo da Série B, Mycael vive uma temporada marcada por altos e baixos. Com 16 jogos disputados, o goleiro sofreu 20 gols — média de 1,25 por partida — e registrou apenas três clean sheets. A insegurança ficou evidente na última rodada, quando uma falha individual resultou no gol da derrota para o Goiás, dentro da Arena da Baixada.
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A torcida, impaciente com os resultados, reagiu com vaias e gritos por mudança. Apesar da pressão externa, Odair adotou cautela:
“Errou, mas todos erraram. Se tiver que fazer mudança, será com análise, e não por impulso”, disse o treinador após a partida.
Santos: confiança da arquibancada mas com ritmo em xeque no Athletico
No banco, Santos aparece como opção segura e experiente. Multicampeão pelo Furacão entre 2018 e 2022, o goleiro disputou apenas um jogo em 2025, ainda pelo Campeonato Paranaense. Nessa partida, sofreu um gol, fez quatro defesas e recebeu nota 7,30 no Sofascore — acima da média de Mycael, que é de 6,73.
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Mesmo sem sequência, Santos mantém prestígio com a torcida. E nos números, mostra eficiência: 68,7% de acerto nas bolas longas, contra 40,7% de Mycael. Em termos de posicionamento, o mapa de calor expõe o contraste. Santos é mais estático, restrito à área. Já Mycael se movimenta além da grande área, atuando quase como um líbero.
Estilos opostos de perfis distintos na meta do Furacão
A análise dos dois goleiros vai além das estatísticas. Mycael representa a aposta do clube: é jovem, participa da construção com os pés e oferece mobilidade na última linha — aspecto valorizado por Odair. Seu mapa de calor reforça isso: presença constante fora da área, auxiliando na saída curta.
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Santos, por sua vez, oferece segurança. Atua posicionado, não se expõe, e é eficaz nas ligações diretas. Embora sem ritmo competitivo, carrega experiência de decisões e a confiança do torcedor. Seu estilo casa com jogos mais fechados e cenários de pressão.
Odair tende a manter Mycael como titular
Mesmo com os números e a pressão da arquibancada, a tendência é que Odair mantenha Mycael no gol para o próximo compromisso, contra o Volta Redonda, sábado (19), no Raulino de Oliveira, pela Série B. A escolha parece pautada na filosofia de continuidade e amadurecimento, além do encaixe do camisa 1 no modelo propositivo de jogo.
O técnico, no entanto, sabe que o momento exige resultado — e a margem de erro do goleiro titular está cada vez menor.
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