Curitiba - Bill, Bill, Bill! O grito que ecoava nas arquibancadas do Couto Pereira a cada gol marcado pelo artilheiro ainda está na memória de muitos torcedores do Coritiba. Um dos nomes do histórico time do Coxa de 2011, que foi campeão paranaense e vice-campeão da Copa do Brasil, Bill nunca saiu da lembrança dos torcedores. Aos 41 anos, ele segue na ativa. Atualmente, joga pelo Trieste, clube amador de Curitiba.

Bill teve uma passagem marcante pelo Coritiba. (Foto: Tetê Motta/RIC)

Em entrevista concedida ao Bate Pronto Paraná desta quinta-feira (13), Bill lembrou de sua histórica passagem pelo Coritiba onde, além de artilheiro, fez parte de históricos times do clube. Campeão brasileiro da Série B em 2010, ele reforçou a torcida para a conquista de um novo título do Coxa nesta competição no próximo sábado (15) e lembrou outras histórias marcantes que teve no mundo da bola.

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Além do Coritiba (clube que defendeu em 2011 e teve uma passagem mais discreta, em 2013), Bill atuou por clubes como Corinthians, Botafogo, Santos e Ceará. Além disso, também fez carreira no futebol asiático, especialmente na Tailândia.

Ídolo e artilheiro: Bill relembra passagem pelo Coritiba

Bill chegou ao Coritiba em 2010 após passagem tímida pelo Corinthians. Logo no primeiro ano de clube, fez parte da equipe campeã da Série B. A taça, conquistada com rodadas de antecedência, foi confirmada graças a um empate em 2 x 2 com o Icasa, no Ceará. Este último título nacional conquistado pelo clube reforçou uma tendência de décadas: a ausência de conquistas nacionais no Couto Pereira.

Se for campeão diante do Athletic no sábado (15) no Couto Pereira (basta apenas uma vitória), o Coritiba conquistará, pela primeira vez, um título nacional em seu estádio. Questionado se vê semelhanças entre o iminente campeão da Série B deste ano com a equipe de quinze anos atrás, ele surpreende.

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“Não vejo semelhanças entre os dois times, sinceramente. Será muito difícil o Coritiba montar um time como aquele. Só que é aquela coisa, esse time atual do Coxa, que, pra mim, já está na Série A, tem muito mérito na campanha que faz na Série B. É uma campanha de campeão. Só que assim, serei sincero mais uma vez: se eu fosse dirigente, renovaria 50% do atual time. Primeira divisão é outra história, não adianta. O nível é outro“, argumentou.

“Montar um time como aquele vai ser muito difícil”, admite Bill

As comparações com aquele time são, de fato, difíceis. Após assumir a vaga de titular, que era de Leonardo, Bill fez parte do Coritiba que, em 2011, emendou um recorde de 24 vitórias consecutivas. Naquele ano, o título paranaense veio com folga e vitórias marcantes sobre o arquirrival, o Athletico. Nomes de jogadores daquele plantel, como Éverton Ribeiro, Davi e Rafinha ainda são lembrados com nostalgia pela torcida do Coritiba.

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Montar um time como aquele vai ser muito difícil. Essa é a grande verdade. Não tem o que falar porque, se alguém era titular e saía do time, era muito difícil voltar. Era um nível muito grande. Você vê aí o Everton Ribeiro, um craque, estava com a gente naquela equipe. A disputa com todos era muito boa. Tínhamos um grupo muito bom e agradeço muito ao Vilson Ribeiro de Andrade por ter montado aquele time”, afirmou.

Se Vilson Ribeiro de Andrade era o presidente, Marcelo Oliveira era o treinador. Comandante da equipe, Marcelo fez história no futebol brasileiro ao comandar grandes clubes como Cruzeiro, Palmeiras e Atlético-MG. Marcelo Oliveira, porém, não conseguiu levar o Coritiba ao título da Copa do Brasil.

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Em 2011, com Bill em campo, o Coritiba perdeu o primeiro jogo para o Vasco em São Januário por 1 x 0 em São Januário. Na volta, vitória do Coxa por 3 x 2. A vantagem do gol fora de casa, já extinta, deu a taça ao Vasco. Talvez por isso, para Bill, a derrota para os cariocas é ainda mais dolorosa.

“O Marcelo Oliveira pegou um time já montado do Ney Franco. Ele era um excelente treinador, era um time maravilhoso. Fica uma frustração muito grande por não ter sido campeão da Copa do Brasil. Ter perdido aquela final pro Vasco, especialmente, foi muito doído. Acho que a taça não foi conquistada, inclusive, muito pela derrota que tivemos em São Januário. Foi uma pena, aquele time merecia muito aquela conquista“.

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Bill relata surpresa com futebol amador em Curitiba

Após uma passagem pelo novato Laguna-RN, primeiro clube vegano das Américas, Bill voltou a morar em Curitiba. Agora, ele defende o Trieste, clube que disputa a Suburbana na capital. O Tricolor de Santa Felicidade, aliás, é o time que, por mais vezes, venceu este torneio na cidade. O artilheiro, anunciado há poucos meses pelo clube, admite que se surpreendeu com a estrutura ofertada pela instituição, bem como a dificuldade dos jogos.

Voltar pra Curitiba é muito bom, considero a minha cidade como a minha primeira casa. Eu nunca perdi minha ligação com Curitiba e muito menos com o Coxa. Eu não me esqueço dos gritos e das homenagens da galera com relação a mim. É um desafio diferente, estar num futebol amador. Confesso que, quando cheguei, achei que seria fácil. Mas não é mesmo, todo jogo é difícil. A estrutura do Trieste é sensacional, incrível, a diretoria está de parabéns. Eles me abraçaram de um jeito que jamais vou esquecer”, afirmou o atacante.

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