O Paraná Clube divulgou, na última quarta-feira (30), o seu balanço financeiro referente a 2024. E mesmo disputando apenas a segunda divisão na temporada, totalizando 13 partidas, o Tricolor viu o futebol dar lucro, muito por conta da mobilização da torcida. Ainda assim, fechou o ano com um aumento de dívida de mais de R$ 8 milhões, por conta do social.

Vila Capanema, estádio do Paraná Clube
Paraná Clube teve mais um ano complicado em termos financeiros. (Foto: Divulgação/Paraná Clube)

Só no futebol, a equipe paranista teve R$ 7,35 milhões em receita, impulsionada especialmente pelas bilheterias nos estádios (R$ 4,4 milhões), que tiveram um bom público também na Ligga Arena e Couto Pereira, e com patrocínios e publicidade (R$ 2,25 milhões).

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Os gastos para estes 13 confrontos foram de R$ 6,46 milhões, entre salários (R$ 2 milhões), serviços profissionais (R$ 1,11 milhão) e outros, como custos com jogos, despesas administrativas, água, esgoto, gás e energia elétrica. Com isso, o superávit foi de R$ 897 mil.

Paraná Clube sobre prejuízo com custos do social

No entanto, o rombo no balanço do Paraná Clube se deve com os gastos com o departamento social. A locação dos móveis, especialmente o salão da Kennedy, recuperação de despesas e doações deram uma receita de pouco mais de R$ 3 milhões.

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Porém, as despesas foram de R$ 12,41 milhões, sendo mais da metade com juros da recuperação judicial (R$ 3,89 milhões) e provisão e reversões para contingências (R$ 3,75 milhões), além da atualização de dívida da recuperação judicial (R$ 1,71 milhões). Só neste recorte, a perda foi de R$ 9,35 milhões, mas ainda há os custos de outras despesas, envolvendo profissionais, futsal e conta do dia a dia.

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Assim, o déficit total do social foi de R$ 9,39 milhões. Descontando o superávit do futebol, o Tricolor fechou o ano com um prejuízo de R$ 8,49 milhões.

Aumento da dívida

Desta forma, a dívida total do Paraná Clube, que era de R$ 162,74 milhões, passou par R$ 171,63 milhões. Valores que preocupam, especialmente pelo fato de o Tricolor ter que quitar, no final de agosto, uma quantia de R$ 20 milhões, referentes ao acordo da Recuperação Judicial.

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Se pagar este valor, a equipe paranista diminuirá a dívida trabalhista de R$ 126 milhões para R$ 71 milhões, no qual os R$ 20 milhões estão inclusos. Caso contrário, o acordo será desfeito, piorando ainda a situação financeira.

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Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.