Presidente José Carlos Peres não descarta tentativa de reeleição

José Carlos Peres falou várias vezes sobre não ser candidato à reeleição no pleito marcado para dezembro. O presidente do Santos, porém, não descarta totalmente a possibilidade neste momento.

“Não tenho interesse em reeleição hoje. Não cuspirei para cima, amanhã ou depois posso achar que clube precisa de mim. Eleição é em dezembro, esquenta em agosto, alguns saíram com pasta no braço para a eleição já. Se eu observar algum nome que faça bem do clube, não tenho problema de abrir mão. Envelheci bastante, ainda mais com pandemia, só peguei dificuldades. Ganhei duas eleições, uma eleição e o impeachment. Podem olhar para dentro dos meus olhos e ver honestidade”, disse Peres, ao “Blog Soul Santista”.

“Tenho minha força política, não posso dizer que não tenho. Nem tudo que pensamos em fazer, conseguimos fazer em dois anos. Mas estamos trabalhando”, completou.

Peres também falou sobre a necessidade de voto à distância no Peixe. O projeto não avançou no Conselho Deliberativo. 

“A maior parcela da cidade é de gente do bem, mas alguns falam que quem mora em Manaus não pode votar. Não tem sentido. No dia da apresentação do voto à distância, falei sobre o sócio com resfriado que não pode votar. Se tem voto à distância, ele pode votar. Falaram que é um perigo dar login e senha para outras pessoas. Não acredito nisso. Mas hoje tem isso, amigo fala para votar em fulano, voto manipulado. Eu, como cidadão, nunca passei meu voto. É falsidade ideológica. Voto à distância aumenta a base de sócios, tira o Santos desses 20 ou 30 mil sócios, coloca o Santos em patamar maior, oferece oportunidade para sócios de qualquer lugar, inclusive, de Santos. Como agora, na pandemia. Não sai de casa e pode votar”, analisou.

Por fim, o presidente santista duvidou de pacificação no clube antes da próxima eleição, com chapa única.

“Não tem pacificação no clube, esquece. Em nenhum clube aconteceu. Interesses são diferentes. Eu não dei sopa para ninguém, querem me matar. Não farei joguinho político. Não estou à venda para transação que não seja bem para o Santos. Falo de boca cheia, olhando nos olhos. No Santos eu só defendi o clube e só perdi dinheiro. E continuarei fazendo, não por vaidade, mas por amor. Abdico de família, de aniversário, para correr atrás do clube. Não estou querendo vender meu peixe, mas turma fala da disposição aos 70 anos. Eu vou até duas, três da manhã. A paixão que nos une é o Santos”, concluiu.