Curitiba - Uma situação constrangedora foi registrada na última reunião do conselho deliberativo do Athletico, após o presidente do clube, Mario Celso Petraglia dizer que o conselheiro Fernando Azevedo estava querendo “mandar no clube” e manda-lo “calar a boca”. Pelas redes sociais, Azevedo fez questão de se posicionar e garantir que não irá se calar.

“Sua atitude demonstra uma falta de respeito pelos membros do conselho e pelos sócios do clube”, criticou o conselheiro. “Não irei me calar, sua fala me da mais forças para continuar lutando pelos direitos dos sócios e torcedores”, acrescentou.
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Fernando Azevedo é conhecido no meio dos torcedores do Athletico por acompanhar o clube em todos os lugares. Isto inclui situações até mesmo as mais extremas como quando o Furacão jogou no Japão em 2019.
Azevedo faz parte do movimento “Nosso Athletico”
O conselheiro é um dos sócios que procuraram respostas sobre as finanças do clube. Com isso foi formado um grupo para buscar mais transparência. No momento o “Nosso Athletico” nega ser uma oposição a Petraglia. Recentemente, o movimento conseguiu reunir mais de seis mil assinaturas de sócios e conselheiros em um documento que visava pressionar a diretoria e propor melhorias. O documento foi enviado ao Athletico no dia 28 de dezembro de 2024, porém não obteve resposta.
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Veja a nota de Fernando Azevedo na íntegra:
“Ao Presidente do Conselho Administrativo do Club Athletico Paranaense, Sr Mário Celso Petraglia.
Meu repúdio é dirigido ao seu comportamento inaceitável e antidemocrático durante a reunião do Conselho Deliberativo realizada ontem 17/02/25, quando após eu cobrar sobre uma maior resposta tanto do Sr quanto do Sr Aguinaldo Coelho, Presidente do Conselho Deliberativo sobre respeitar o nosso Estatuto, na parte do direito dos sócios, Art 13 Inciso II, “Ser Ouvido Perante a Administração do Clube”.
Pois bem, fizemos um manifesto com mais de 6500 assinaturas, entre eles, Conselheiros, Sócios e Torcedores. Protocolamos no clube dia 28/01 e não obtivemos nenhuma resposta. O Sr incomodado com a minha cobrança, começou a me atacar dizendo que eu estava querendo mandar no Clube, me dizendo que se eu quisesse mandar, era para mim montar uma chapa para 2027 e concorrer ao cargo de presidente do clube. Eu falei para o Sr sobre eu não estar querendo mandar em nada, apenas pedindo para ser respeitado o Art 13. Foi então que o Sr me mandou CALAR A BOCA. Eu agradeci e larguei o microfone. Não iria cair na armadilha de responder no mesmo tom e sofrer com a Câmara de Ética do Clube.
Essa atitude é um atentado à minha dignidade e ao meu direito de expressar minhas opiniões e críticas como membro do Conselho. Além disso, é um exemplo de como o Sr está mais interessado em manter o poder e o controle do que em ter maior transparência para como os sócios e torcedores.
Como Presidente do Conselho Administrativo, é sua responsabilidade garantir um ambiente de respeito e transparência nas reuniões do Conselho. No entanto, sua atitude demonstra uma falta de respeito pelos membros do Conselho e pelos sócios do Clube.
Não irei me calar, sua fala me da mais forças para continuar lutando pelos direitos dos sócios e torcedores. Essa mesma carta irei protocolar no Conselho de ética do Clube, para que seja apurado o caso.“
Atenciosamente
Fernando Félix de Azevedo
Conselheiro Gestão 2023/2027
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