Curitiba - A dívida das obras da Arena da Baixada voltou a ser assunto no Athletico nos últimos dias, por conta dos altos valores pagos pelo clube nas últimas parcelas, superando aquilo que foi anunciado em anos anteriores. E um dos motivos, segundo o próprio Furacão, seria o repasse da prefeitura de Curitiba, que não estava cumprindo o combinado. No entanto, o Munícipio negou estar abaixo do planejamento.

Na última reunião do Conselho Deliberativo, o Rubro-Negro apresentou que o repasse da prefeitura este ano foi de R$ 6,98 milhões, quando o combinado seria de R$ 20 milhões. Anteriormente, o clube já havia reclamado publicamente dos valores. Nesse cálculo, a dívida final pode chegar a R$ 700 milhões para os cofres atleticanos.
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Porém, segundo dados da própria prefeitura, entre junho de 2024 e julho de 2025 a meta de vendas do potencial construtivo foi superada em quase R$ 500 mil. A meta era de R$ 20,048 milhões, mas vai fechar em R$ 20,545 milhões.
E qual a diferença na conta do Athletico?
Neste caso, por qual motivo foi repassada uma quantia menor ao Furacão? De acordo com a Prefeitura, os títulos de potencial construtivo podem ser parcelados, em valores mínimos de R$ 3 mil. Conforme estas parcelas forem sendo quitadas, o dinheiro será enviado para o Athletico.
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“O modelo de venda das cotas (…) foi construído em comum acordo com a agremiação. É fundamental reafirmar que a arrecadação do potencial construtivo não se trata de favor ou exceção, mas de uma política pública consolidada, baseada em parâmetros legais e voltada ao desenvolvimento equilibrado da cidade”, diz trecho do comunicado.
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Além disso, o órgão público questionou os valores de R$ 6,98 milhões apresentados pelo Furacão, quando, na verdade, de acordo com a Prefeitura, o repasse já foi de R$ 8,048 milhões.
“É importante destacar que o valor das cotas pode ser parcelado em até 12 vezes, com parcelas mínimas de R$ 3 mil cada. Do total negociado, o valor efetivamente repassado ao clube foi de R$ 8.048.253,60. A diferença se deve justamente ao parcelamento dos montantes“, diz outra parte da nota.
Confira a nota completa da prefeitura de Curitiba
Potencial construtivo: venda das cotas supera a meta para o primeiro ano
Desde a entrada em vigor do Decreto 1.061/2024, que regulamenta a cobrança pela outorga do potencial construtivo do estádio do Club Athletico Paranaense, a Prefeitura de Curitiba vendeu R$ 20.545.829,73 em cotas ao mercado.
Com isso, a meta de vendas para o primeiro ano — de 01/06/2024 a 31/07/2025 — foi superada em R$ 497 mil, já que o valor previsto era de R$ 20.048.873,54.
O superávit reflete a eficácia do modelo adotado, a segurança jurídica oferecida pelo município e o fortalecimento do planejamento urbano orientado por critérios técnicos e legais.
Esse valor resulta da emissão de 140 certidões de potencial, nas quais foram negociadas 17.116 cotas, cujos valores variam conforme a localização do lote no município. Desse total, há apenas 32 parcelas em atraso e dois parcelamentos já encaminhados para a dívida ativa.
É importante destacar que o valor das cotas pode ser parcelado em até 12 vezes, com parcelas mínimas de R$ 3 mil cada. Do total negociado, o valor efetivamente repassado ao clube foi de R$ 8.048.253,60. A diferença se deve justamente ao parcelamento dos montantes.
Transparência
A Prefeitura de Curitiba tem atuado com transparência e responsabilidade no cumprimento do acordo, regulamentado pelo Poder Executivo por meio do Decreto 1.061 e amplamente divulgado, com a plena ciência do Club Athletico Paranaense.
O modelo de venda das cotas, adotado pela Prefeitura, com a possibilidade de parcelamento — que facilita a comercialização, ainda que resulte em aportes mais dilatados — foi construído em comum acordo com a agremiação.
Desde o início do processo, também foi ressaltado que a venda do potencial dependeria, em última instância, do interesse do mercado.
O acordo, em resumo, garante a regularidade das receitas e sua destinação a projetos de infraestrutura, mobilidade, habitação e qualificação urbana.
Nesse contexto, é fundamental reafirmar que a arrecadação do potencial construtivo não se trata de favor ou exceção, mas de uma política pública consolidada, baseada em parâmetros legais e voltada ao desenvolvimento equilibrado da cidade.
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