Curitiba - Diante da atual fase do Athletico, o meia Giuliano não escondeu que a situação atual do Furacão na Série B de 2025 traz lembranças do que passou no Santos, em 2024. Em entrevista após mais uma rodada irregular do Rubro-Negro, o jogador falou abertamente sobre a pressão, a cobrança da torcida e a falta de confiança que tem afetado o desempenho do time.

“A Série B é uma competição diferente. Não digo que a equipe não se adaptou, ela ainda não encaixou. Estamos em um momento que a confiança não está lá em cima e, quando isso acontece, o mínimo erro que acontece, o adversário pune. Temos que minimizar os nossos erros”, afirmou o meia.
Giuliano compara pressão por resultados a momento no Santos em 2024
O Athletico chega na sétima rodada da Série B de 2025 com um desempenho irregular: são três vitórias, um empate e três derrotas, totalizando 10 pontos e a nona colocação na tabela. O que mais preocupa, porém, é a sequência recente: o time não vence há três rodadas, vem acumulando tropeços e começa a sentir os efeitos da pressão interna e da cobrança da torcida. O clima é de alerta, especialmente para um elenco que entrou na competição com a missão clara de retornar à elite.
Esse cenário encontra semelhanças marcantes com o vivido pelo Santos em 2024, também com Giuliano no elenco. O Peixe começou melhor: venceu cinco dos sete primeiros jogos e liderava a Série B com 15 pontos. Mas bastou uma sequência negativa entre a 8ª e a 12ª rodada — com quatro derrotas e apenas uma vitória — para que a equipe despencasse para a quinta posição e enfrentasse protestos, vaias e forte desconfiança do torcedor.
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Embora o Peixe tenha começado com mais força que o Furacão, o momento seguinte foi de queda brusca, mostrando que uma sequência negativa pode custar caro — tanto em pontos quanto em confiança. No Furacão, o alerta já está ligado, e o histórico recente de Giuliano serve como espelho. Ele diz conhecer bem esse tipo de cenário — e carrega na memória o peso de um acesso que veio sob vaias e desconfiança, mesmo com o dever cumprido.
“No Santos, ano passado, nós ganhávamos um jogo e éramos vaiados. Fomos campeões da Série B e vaiados na hora de receber o troféu. Não tinha a ver com a gente. Não era só sobre nosso ano, tinha relação com a queda”, relembrou Giuliano.
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Pressão da torcida e cobrança interna: o peso da reconstrução
Giuliano também refletiu sobre o estado emocional da equipe e o impacto da queda para a segunda divisão. Segundo ele, “é preciso maturidade para esse momento e para entender a cobrança quando ela vem”, uma vez que, em relação a pressão exercida pelo torcedor, Giuliano relata ter passado “por essa experiência, algo assim parecido, no ano passado”.
“O torcedor está machucado, não somente pelos resultados deste ano, mas por ter caído. Claro que a responsabilidade para devolver a equipe é nossa, então a cobrança é maior. Quando o resultado não vem, que o time demora a encaixar, o torcedor fica desconfiado — e com razão”, disse o meia.
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