Curitiba - Na última sexta-feira (21), o lateral-direito deu seu derradeiro adeus ao Coritiba. Em seu perfil no Instagram, o jogador postou uma mensagem de agradecimento por esta volta após quase 20 anos e reforçou o carinho pelo clube que o revelou para o futebol.

Rafinha em treinamento no Coritiba
Segunda passagem de Rafinha pelo Coxa durou 85 dias e dez jogos. (Foto: JP Pacheco/Coritiba)

“Gostaria de agradecer ao Coritiba por abrir as portas e me proporcionar um retorno tão desejado por mim e pela minha família. O Coxa sempre será um capítulo especial na minha carreira. Agradeço também aos torcedores por todo o carinho comigo. Desejo muita sorte ao clube, companheiros, comissão técnica e direção. Sucesso a todos”, limitou-se a escrever.

Porém, em nenhum momento Rafinha citou a polêmica viagem para a Alemanha para jogar um campeonato em comemoração aos 125 anos do Bayern de Munique. Embora tenha explicado em outra postagem a situação, o teor da rescisão amigável entre jogador e Coxa não foi esclarecido. E isso abre margem para muitas interpretações.

Sonho de retorno ao Coritiba durou menos de três meses

No final de 2024, Rafinha tinha uma proposta de renovação do São Paulo para jogar o Campeonato Paulista e se aposentar. Porém, a vontade de voltar para casa falou mais alto e o lateral abriu mão de um salário maior para defender o Coritiba na Série B.

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Na sua chegada, o experiente jogador de 39 anos, multicampeão por onde passou, deixou claro que voltava com a ambição de encerrar a carreira levantando mais uma taça.

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“O Coritiba eu sempre deixei claro que tenho um carinho muito grande e tinha o desejo de terminar minha carreira aqui. Todo ano eu sempre conquistei títulos e espero que esse não seja diferente”, disse ele, em sua apresentação no dia 14 de janeiro.

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Só que 85 dias depois e apenas dez partidas disputadas, o novo ciclo de Rafinha no Coritiba se encerrou. E de uma forma inesperada. Por qual motivo o jogador abriria mão de um sonho de longa data – uma vez que já queria até ter voltado antes – de uma forma tão rápida?

Rafinha e clube estavam insatisfeitos

A impressão que se dá é que o jogador viu que o que foi apresentado na negociação para voltar não estava exatamente sendo cumprido. Até ali, o Alviverde já tinha sido eliminado do Campeonato Paranaense e da Copa do Brasil, em ambos os torneios de forma precoce.

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Restaria apenas a Série B, para que o camisa 13 pudesse alcançar a meta de ser campeão em todos os anos da carreira. Ou, ao menos, terminar no G4 e recolocar o Coxa na elite do futebol brasileiro. E ao ver que do jeito que a situação está não será possível alcançar a meta, preferiu ir embora ao terminar a carreira sendo marcado pela torcida por mais um ano decepcionante.

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O Coritiba, por sua vez, também parece não estar muito contente com o desempenho de Rafinha nos gramados e não fez muito esforço para segurá-lo, apesar da sua experiência e de ser visto como o principal reforço para 2025. Afinal, a participação de jogador no amistoso em Munique já estava clara em todos os cantos das redes sociais.

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Só não via quem não queria. E o Coxa, neste cenário, parecia fingir que não via para ter um motivo para cobrar. Rafinha também sabia que, internamente, o clube já imaginava a situação, mas também se fez de desentendido para ter um motivo para ir embora antes do fim do contrato.

E, se for isso, se quem estava lá dentro já via que o projeto não está andando, é porque o buraco é muito mais fundo e o Alviverde terá que se reencontrar com urgência se não quiser amargar mais um ano longe da elite.

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Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.