O ex-atacante Ronaldo Nazário, o Fenômeno, anunciou nesta quarta-feira (12) que desistou de ser candidato a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O motivo é a falta de receptividade dos presidentes das federações estaduais, que tem um peso grande na eleição.

“No meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição”, escreveu Ronaldo.
+ Contra o Athletico, Guarany de Bagé fará seu primeiro jogo fora do estado em 117 anos de vida
O ex-atleta ainda argumentou que, se a maioria dos que tem direito a votar acreditam que está tudo bem, não há nada que ele possa fazer. Na eleição da CBF o voto das federações tem peso três, dos clubes da Série A tem peso dois e da Série B tem peso um.
“Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo“, reclamou, confirmando que não é mais candidato.
+ Red Bull Showrun: saiba tudo sobre o evento que traz a Fórmula 1 à Curitiba
Veja abaixo a nota na íntegra
“Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.
Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.
No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.
O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.
Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união“.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!