O Santos aumentou a proposta feita pela renovação de Yuri Alberto antes de ouvir o “não” do atacante na última quarta-feira.
O Peixe ofereceu 230 mil de salário, R$ 3 milhões em luvas e 30% dos direitos econômicos para o atleta recentemente. Mesmo assim, viu a decisão pela saída.
As condições anteriores, registradas na CBF em maio, eram de R$ 120 mil de salário, com acréscimo de R$ 30 mil depois de 25 partidas no elenco profissional e luvas de R$ 1,5 milhão em três parcelas. O acordo seria de três anos, com 90% dos direitos econômicos para o Alvinegro e multa de 100 milhões de euros (R$ 600 mi) para o exterior e R$ 240 mi no mercado interno.
Yuri sempre priorizou a ida à Europa e decidiu sair. Os empresários dizem ter algumas propostas, mas o Santos não foi notificado de nenhuma.
Prioridade ao Santos
O Santos tem, por lei, preferência do segundo contrato profissional. Se o “caminho correto” for seguido pelo estafe de Yuri Alberto, o Peixe precisa saber as propostas recebidas e tem o direito de cobrir os valores.
O Alvinegro está confiante em fazer valer sua prioridade na Justiça. O clube da Baixada Santista teve vitória inédita no caso de Robson Bambu no Athletico-PR e fez um acordo com o Ajax, da Holanda, pela ida precoce de Giovanni Manson.
E o caso de Yuri, teoricamente, é mais simples para o Santos que do Bambu. O zagueiro, hoje no Nice (FRA), havia assinado pré-contrato com o Furacão. O atacante recebeu mais de uma proposta e optou por sair. O comunicado foi feito antes do fim do acordo, em 31 de julho.
Frustração no Peixe
O diretor William Thomas confiava na permanência de Yuri Alberto. Não apenas pelo enorme reajuste salarial proposto, mas principalmente pelo projeto esportivo.
No início das negociações, os empresários de Yuri pediram uma “prova” para renovar. Eles não viam sentido em ficar sem que o centroavante atuasse.
E essa sequência de partidas veio com o técnico Jesualdo Ferreira. O português, inclusive, conversou com o jovem de 19 anos, esperava pelo “fico” e chegou a testá-lo entre os titulares nos últimos dias.
O Santos entende que poderia ter antecipado o cenário em 2019, mas fez tudo que estava ao alcance ao menos nos últimos meses. A ideia agora é evitar novos casos como de Yuri Alberto, Robson Bambu e Gustavo Henrique no futuro.