Diversos clubes brasileiros, como Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional, Grêmio, entre outros, se manifestaram nesta terça-feira sobre o “Caso Mariana Ferrer” após a sentença do julgamento realizado em setembro ser publicada na última segunda pelo The Intercept Brasil. Todos repudiaram o termo “estupro culposo”, como definiu o promotor Thiago Carriço de Oliveira sobre a acusação de estupro da promoter Mariana Ferrer pelo empresário André de Camargo Aranha.
De acordo com Thiago Carriço, o acusado não teve intenção de estuprá-la, já que, segundo ele, não havia como André de Camargo Aranha saber que a jovem não tinha condições de consentir o ato sexual. O juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, concordou com a tese do promotor.
O episódio aconteceu em uma festa em dezembro de 2018 no Café de La Musique, uma boate em Florianópolis. De acordo com Mariana Ferrer, ela foi dopada e violentada por André de Camargo Aranha, amigo dos proprietários do local. O caso acabou tomando grande repercussão na internet após a vítima divulgar o que teria acontecido através de algumas evidências, como vídeos dela se apoiando nas paredes para se locomover, prints pedindo ajuda a amigas que estavam na festa e seu vestido todo ensanguentado, já que ela, à época com 20 anos, era virgem.
Em 2019, André de Camargo Aranha foi indiciado pela Polícia Civial após exames realizados por Mariana comprovarem que houve conjunção carnal, ou seja, introdução completa ou incompleta do pênis na vagina e ruptura do hímen da vítima. Além disso, o sêmen encontrado na calcinha da jovem era de André de Camargo Aranha, empresário de futebol, que afirma jamais ter tido contato físico com Mariana.