Curitiba - Um grupo de sócios do Athletico notificou extrajudicialmente a diretoria do clube na Justiça, especialmente o presidente do Conselho Deliberativo, Aguinaldo Coelho de Farias, e o presidente do Conselho Administrativo, Mario Celso Petraglia, exigindo esclarecimentos sobre a gestão financeira.

Sócios do Athletico cobram diretoria na Justiça
Movimento Nosso Atlético, encabeçado por Fernando Azevedo (segundo da esquerda para direita) e Roberto Karam (último à direita), cobra respostas e transparência. (Foto: Divulgação/Movimento Nosso Athletico)

O pedido surge após a reunião do Conselho Deliberativo, realizada em 17 de fevereiro de 2025, onde Petraglia demonstrou preocupação com um possível déficit orçamentário até o final do ano.

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A declaração gerou inquietação entre os torcedores, pois contradiz informações divulgadas em 2024, quando a diretoria afirmou que as contas estavam equilibradas e que a dívida da Ligga Arena havia sido reduzida a um valor insignificante.

Torcedores do Athletico questionam receitas milionária

Diante dessas inconsistências, os sócios pedem transparência sobre as receitas e despesas do Furacão. Entre os principais questionamentos estão os valores arrecadados nos últimos anos, incluindo:

  • Venda de jogadores por valores expressivos;
  • Premiações conquistadas em torneios nacionais e internacionais;
  • Contrato de Naming Rights da Arena da Baixada com a Ligga Telecom, avaliado em R$ 200 milhões.

Com base no Estatuto do Athletico, os torcedores cobram mais transparência sobre gastos, contratos e a estrutura administrativa.

A diretoria não pode ignorar a base de sócios que sustenta o clube. Estamos exigindo clareza na administração e mais participação nas decisões. O Athletico é um patrimônio de todos nós”, destacou Fernando Azevedo, conselheiro do clube e um dos representantes do Movimento Nosso Atlético.

Principais exigências dos sócios

O grupo de sócios protocolou uma série de solicitações formais, incluindo:

  1. Lista detalhada com nomes, cargos, funções e salários de membros do Conselho Deliberativo, Conselho Administrativo e Executivos;
  2. Organograma atualizado da diretoria e seus departamentos;
  3. Cópia do contrato de Naming Rights assinado com a Ligga Telecom;
  4. Relação dos sócios adimplentes há mais de três anos, com informações como nome, número de associado, endereço e telefone.

O grupo estipulou um prazo de dez dias úteis para que a diretoria forneça uma resposta. Caso não haja um retorno satisfatório, os torcedores estudam acionar mecanismos legais e estatutários para garantir o acesso às informações.

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