A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (2), arquivar a ação penal do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra Igor Cariús, lateral do Sport. O jogador era acusado de forçar um cartão amarelo para favorecer apostadores em um jogo do Brasileirão de 2022, quando atuava pelo Cuiabá.
No julgamento, o ministro André Mendonça, relator do processo, ficou isolado ao defender a manutenção da ação. A posição que prevaleceu foi a do ministro Gilmar Mendes, com adesão de Dias Toffoli, que consideraram que a conduta não se enquadra como crime. Os ministros Nunes Marques e Luiz Fux não votaram na sessão.
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Para Mendes, apesar de julgar o comportamento do jogador como inadequado, a questão deve ser tratada exclusivamente no âmbito esportivo. Ele lembrou que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) já havia punido o atleta em 2023, suspendendo-o das competições por um ano. Além disso, afirmou que “Tomar um único cartão amarelo não é suficiente para alterar o resultado de uma competição”.
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“Não considero que a conduta imputada ao paciente, referente à obtenção de um único cartão amarelo, tenha a aptidão de influir da classificação final do campeonato. O time integrado pelo paciente (Cuiabá) obteve 76 cartões amarelos ao longo do Brasileirão de 2022″, disse o ministro
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Para o STJD, tendo em vista que o número de cartões amarelos é um dos critérios de desempate do Brasileirão, a ação de Igor Cariús poderia alterar diretamente a classificação da competição. O jogador foi denunciado com base no artigo 198 da Lei Geral do Esporte, que trata da manipulação de resultados.
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Esse dispositivo prevê punição para quem solicita ou recebe qualquer tipo de vantagem, patrimonial ou não, com o objetivo de alterar, influenciar ou distorcer o resultado de uma competição esportiva.
Acusado em operação do MP-GO
Na Operação Penalidade Máxima, que apurou suposta manipulação de penalidades em jogos de futebol para beneficiar apostadores, Igor Cariús foi acusado de forçar um cartão amarelo no jogo entre Atlético-MG e teria recebido R$ 30 mil do suposto esquema de apostas.
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Felipe Valente é especialista em matérias de Esporte, em especial trazendo informações sobre o que repercute na internet sobre times do Paraná, do Brasil e do Mundo.
