Sylvinho falou com exclusividade ao Mesa Redonda, da TV Gazeta, na noite deste domingo, após a vitória do Corinthians sobre o Ceará na Neo Química Arena.

Em sua primeira experiência como técnico no futebol brasileiro, o treinador está tendo de lidar com o fato de seu elenco não ter recebido o salário na data devida neste mês de agosto.

Questionado sobre o atraso no pagamento e se a diretoria alvinegra passou alguma posição ao grupo, Sylvinho preferiu se esquivar.

“Eu me preocupo com a parte técnica, tática. Quando alinhamos com a diretoria, que é fabulosa, e eu disse a eles que vou dar todo meu suor. Toda a parte de gestão é do clube, não tenho pretensão de ser manager, minha vontade é estar campo, amo aquilo, é o que eu faço, me dedico, e prefiro ficar nessa parte”.

Em compensação, o comandante corintiano se sentiu muito à vontade para abordar outros assuntos, como a saída de Messi do Barcelona para o PSG. Sylvinho é amigo do argentino, com quem jogou por muitos anos na Espanha.

“A única coisa que eu fiz foi felicitar ele por essa troca, que não deve ter sido fácil para eles, esposa, família, tantos anos lá. Espero que ele continue tendo sucesso”.

Leia outros trechos da entrevista de Sylvinho:

Luan

“Luan é um grande jogador, tecnicamente muito diferenciado, teve oportunidade conosco como falso 9, veio, jogou seis, sete jogos como titular, fez um jogo muito bom na Arena do Palmeiras, depois teve uma lesão, nos reciclamos com Jô, começou a dar esse nove, o time oxigenou, mas o Luan é um atleta que tem treinado com empenho, creio que vai ajudar ao elenco e ao Luan a presença de Renato e Giuliano”.

João Victor

“João é um atleta rápido, com muita qualidade. Colocamos conceitos, ideias, repetimos, chamamos o atleta, mostrando vídeos, mas a resposta é do atleta. Um atleta que se colocou à disposição do aprendizado, tem sido ajudado pelo Gil e pelo sistema. É um atleta que vejo com grandes olhos, que tem dado uma resposta imediata”.

Troca de Cantillo por Gabriel

“Na Vila tínhamos feito um jogo com esse trio de meio-campo. Hoje, teve uma entrada de Renato e uma reestreia excepcional. São possibilidades, dois meses de trabalho. Existem algumas confusões. Quando tu tem uma semana de trabalho, a expectativa é grande para domingo, mas não são em quatro, cinco dias que você vai mudar tudo. Existe um período de tempo para conhecimento, conexões, revisões para levar para o campo. A gente tem colocado, encontramos algumas maneiras. Não jogamos com o Cantillo quando estreamos, depois encontramos um tripé, ele é tecnicamente muito forte, bom, mas com menos sustentação física. Quando precisamos dar um passo à frente, entrou Vitinho, depois o Roni voltou por necessidade, e agora entrou Gabriel na primeira. Acaba sendo dinâmico, perde uma saída limpa, mas ganha velocidade, força”.