Correndo grande risco de ser eliminado precocemente do Campeonato Paulista antes da paralisação, o Corinthians se recuperou e chegou à final do torneio estadual pela quarta vez consecutiva. Após a vitória deste domingo sobre o Mirassol, pela semifinal, o técnico Tiago Nunes destacou que uma equipe “se constrói com o tempo” e falou em um “sentimento de fé” no clube com a retomada.
“Sentimento de fé, de crença, de muito trabalho e de muita confiança no que vínhamos desenvolvendo. Repeti inúmeras vezes que uma equipe se constrói com tempo, repetição, muitos jogos, enfrentando diferentes contextos competitivos. E as coisas foram se encaixando após a parada. Conseguimos organizar muitas coisas durante a parada com os atletas, tivemos a competência dos jogadores de colocar em prática o que vínhamos planejando. Casado com resultados, atuações consistentes”, declarou o comandante em entrevista coletiva.
Tiago Nunes ainda falou que disputar uma final com o Corinthians é um “grande sonho”
O treinador ainda comentou sobre a oportunidade de, além de disputar uma decisão pela equipe alvinegra, buscar o tetracampeonato inédito do Paulistão.
“É um grande sonho, momento especial na minha carreira. Mesmo já tendo conquistas anteriores de Copa do Brasil e competições internacionais, como a Sul-Americana e a Levain Cup, além de conquistas estaduais em outros lugares. Participar de uma final pelo Corinthians, em um momento tão importante, é algo diferente, especial e, junto com os atletas, vamos tentar desfrutar desse momento único”, explicou.
Tiago Nunes também analisou o triunfo sobre o Mirassol e elogiou a equipe adversária, que chegou à semi ao eliminar o São Paulo pelas quartas de final, no Estádio do Morumbi.
“Jogo equilibrado, tendo em vista que enfrentamos um adversário que se organizou muito bem defensivamente. Uma equipe que já havia dado mostras que tem qualidade tática e jogadores com potencial técnico para disputar uma semifinal. Não foi à toa que chegaram aqui”, disse o treinador.
“Um jogo de muita paciência, no qual a equipe teve que circular muito a bola para conseguir chegar no último terço. Uma equipe que se fechou com uma linha de seis, cinco jogadores, então foi difícil conseguir achar um espaço para infiltrar. Também é uma equipe com transição forte, tivemos que correr para trás, fazer faltas. E foram nessas bolas paradas que o Mirassol encontrou algumas situações para rondar nossa área. Mas conseguimos dominar na maior parte do tempo, ficamos mais tempo com a bola, tivemos mais finalizações, criamos em torno de seis a sete chances de gol. E aí, por mérito do envolvimento coletivo de cansar o adversário, conseguimos achar nosso gol em um chute de fora da área”, concluiu.