Curitiba - O Athletico reencontrou o caminho do acesso impulsionado pela solidez de três pilares ao longo da Série B: Kevin Viveros, Bruno Zapelli e Santos. Os números mostram que a combinação entre eficiência ofensiva, organização criativa e segurança defensiva sustentou a arrancada rubro-negra em 2025.

Santos, Zapelli e Viveros em treino pelo Athletico
Goleiro, meia e atacante mudaram os setores do Furacão. (Fotos: José Tramontin e Duda Matoso/Athletico)

Se o Furacão sofreu oscilações na primeira metade do campeonato, a virada de chave passa diretamente pela regularidade que o time alcançou com a consolidação dessa trinca. A partir do meio da temporada, o desempenho coletivo cresceu de forma equilibrada, com o ataque ganhando profundidade, o meio-campo ganhando volume e a defesa funcionando com maior proteção.

Santos: liderança, reposição e comando defensivo do Athletico

Aos 35 anos, Santos reassumiu o gol rubro-negro com a experiência de quem conhece profundamente o clube. Com nota 6.90 na Série B, o goleiro apresentou um perfil voltado não apenas para as defesas, mas também para o controle da profundidade e a organização da saída de bola.

O retorno à titularidade ocorreu na penúltima rodada do primeiro turno. A partir daí, o Athletico voltou a demonstrar maior estabilidade defensiva: foram 19 gols sofridos em 19 partidas sob seu comando, contra 23 gols em 17 jogos antes da sua retomada.

Nem mesmo a falha absurda contra a Ferroviária, na penúltima rodada, apagou o bom desempenho.. Com 100% de aproveitamento nos duelos aéreos e presença constante para interceptar bolas longas, Santos se tornou peça essencial para estabilizar o setor defensivo na arrancada rubro-negra, reduzindo a exposição e permitindo à equipe atuar mais próxima do campo adversário.

Bruno Zapelli no Athletico: cérebro, ritmo e articulação ofensiva

Com apenas 23 anos, Zapelli foi o jogador mais influente do meio-campo atleticano na Série B. Em 33 jogos, somou três gols, sete assistências e oito grandes chances criadas, números que evidenciam sua relevância na organização ofensiva.

Apesar das críticas ao longo da temporada, o meia argentino foi um dos atletas mais regulares do elenco. Ele divide com Esquivel a maior nota média do Athletico no campeonato, com 7.90 no Sofascore.

O mapa de calor destaca sua presença volumosa por todo o corredor central e direito, consolidando-o como peça de conexão entre defesa e ataque. Além de criar, Zapelli também contribui na recuperação de bola: registra 1,2 desarmes por jogo e mantém bons índices nos duelos.

Uma evolução que aconteceu especialmente no returno, quando o técnico Odair Hellmann recuou o camisa para fazer a função de segundo volante, construindo as jogadas de trás.

Kevin Viveros: profundidade, velocidade e gols pelo Athletico

Aos 25 anos, Viveros se tornou uma das principais armas ofensivas do Athletico na Série B. Com 9 gols em 19 jogos e média de participação superior a 0,5 por partida, o atacante repetiu um padrão claro ao longo da campanha: presença constante na última linha e agressividade na definição.

Quando o colombiano chegou ao elenco, o Athletico era apenas o terceiro melhor ataque da competição, com 19 gols em 15 jogos. A contribuição dele ajudou o Furacão a alcançar a marca de 50 gols, assumindo o posto de melhor ataque da Série B. Fazendo valer os mais de R$ 27 milhões investidos por ele.

Seu mapa de calor evidencia forte atuação pelo corredor direito, com diagonais frequentes em direção à área para finalizar — exatamente onde concentra a maior parte de suas ações perigosas. Viveros mantém média de uma finalização no gol por jogo e aparece como um dos protagonistas da arrancada rubro-negra, liderando o volume de gols entre os reforços estrangeiros.