Curitiba - O Athletico vive seu momento mais delicado na temporada de 2025. Na 12ª colocação da Série B, acima apenas quatro pontos da zona de rebaixamento, o Furacão precisa encontrar soluções dentro de campo enquanto a crise, tanto esportiva quanto administrativa, se intensifica.

A insatisfação da torcida ficou evidente durante a derrota para o Atlético-GO. Ao longo da partida, foi possível ouvir vaias direcionadas aos jogadores. Um grupo de torcedores ainda promoveu um protesto em frente à Arena da Baixada, na noite da última terça-feira (10), criticando principalmente membros da diretoria e o presidente Mário Celso Petraglia.
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Os dirigentes também demonstraram incômodo com o atual momento do clube. Na manhã desta quarta-feira (11), o diretor de futebol Rodrigo Possebon foi demitido após 11 meses no cargo e depois de uma janela de transferências sem contratações.
Já no início da noite, o clube divulgou uma nota oficial informando que uma reunião — “por iniciativa e convocação informal e pessoal do presidente Mario Celso Petraglia” — foi realizada com a Diretoria Executiva e representantes do Conselho Administrativo, Deliberativo, Fiscal e da Câmara de Ética.
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Segundo o comunicado, “a pauta da reunião tratou de assuntos gerais de interesse do Clube, com atenção especial à situação do Departamento de Futebol, diante do atual momento vivenciado”, com o objetivo de buscar “soluções construtivas e convergentes” para o Rubro-Negro.
Vaias não foram causa, mas motivaram substituição no Athletico
Durante a derrota para o Atlético-GO, no domingo (15), a torcida atleticana começou apoiando o time, mas aos poucos o incentivo deu lugar às críticas. O meia Falcão foi um dos alvos das vaias e acabou substituído por Giuliano no segundo tempo.
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Odair Hellmann explicou na entrevista coletiva que a substituição foi técnica, embora tenha coincidido com o momento das vaias.
“Eu fiz a substituição do Falcão no momento que a torcida estava pegando um pouco no pé dele, vaiando. A minha substituição do Falcão foi porque a gente estava perdendo o jogo de 1 a 0. E até aquele momento a torcida estava junto com a gente, estava apoiando. E eu precisava fazer uma substituição ofensiva, arriscar, buscar uma alternativa para arriscar, no mínimo, buscar esse empate”, relatou o treinador.
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Ele ainda completou que aproveitou “o momento e a situação, que poderia continuar gerando um desequilíbrio em todo o ambiente durante a partida, para também fazer uma substituição técnica”.
Por fim, Odair assumiu a responsabilidade pela derrota em casa e elogiou o empenho do elenco. “Os atletas entregaram, tentaram, buscaram“, mas, segundo ele, por dificuldades e uma falha na bola parada, o time não conseguiu sair com um resultado positivo.
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“Isso é, claro, transparente e objetivo. Sem ficar escondendo ou transferindo. Sempre aqui, eu como comandante, assumo a responsabilidade e se tiver que fazer alguma troca, não é por uma vaia ou por uma outra situação, é por uma decisão técnica ou uma decisão tática, uma busca, uma alternativa para gente melhorar, porque nós precisamos melhorar. O Athletico precisa melhorar e vai melhorar“, finalizou.
Elenco reconhece momento difícil
O atacante Leozinho também participou da coletiva ao lado de Odair Hellmann. Questionado sobre as vaias a Falcão, o jogador reconheceu a frustração, mas ressaltou a importância da união do elenco.
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“É bom pra ninguém receber vaias, mas não foi só o Falcão que perdeu jogo sozinho, ou outro atleta que tenha sido vaiado. A gente tem que estar junto nesse momento. O momento é difícil. A gente sabe que as derrotas, sempre as pessoas querem procurar um culpado, mas o nosso ambiente é bom, a gente tá todo mundo junto“, declarou.
Segundo ele, o grupo tem assimilado bem o que é trabalhado nos treinos, mas ainda precisa melhorar a execução durante os jogos e aumentar o nível de concentração para que os resultados positivos voltem a acontecer.
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