Curitiba - A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio e vídeo da análise do VAR no lance que gerou polêmica durante o empate em 1×1 entre Athletico e Ferroviária, pela 18ª rodada da Série B. O episódio ocorreu aos 32 minutos do segundo tempo, quando o árbitro Alisson Sidnei Furtado marcou pênalti após recomendação da equipe de vídeo.

Lance polêmico de pênalti entre Athletico e Ferroviária
Bola bate no rosto de Dudu, mas VAR não considerou como desvio antes de bater no braço. (Foto: Reprodução/CBF)

Segundo a análise divulgada na plataforma oficial da entidade, o árbitro de vídeo, Antônio Magno Lima Cordeiro, identificou um toque no braço do meio-campista Dudu, do Athletico, em um cruzamento na área. O argumento foi de que o braço estava em posição antinatural, ampliando o espaço corporal do jogador — o que configura infração segundo a Regra 12 da IFAB, que trata de toques de mão em situações ofensivas ou defensivas.

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No vídeo, é possível ouvir o árbitro questionando se o toque não teria ocorrido antes na cabeça do atleta. O VAR, no entanto, sustentou a interpretação de que o braço estava descolado e que o toque no membro foi direto, recomendando a revisão no monitor. Após a checagem, a penalidade foi confirmada e convertida pela equipe paulista, resultando no empate por 1×1.

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Ela passa diretamente no braço. Toca no braço, tanto toca como para, e é um braço descolado do corpo. Amplia o espaço corporal. Mesmo se ela (bola) toca no rosto, ele (Dudu) está com o braço ampliando o espaço corporal. O jogador de número 53, ele se atira na bola, ampliando o corporal, descolando o braço do corpo, caracterizando assim, uma mão de bloqueio”, diz o árbitro de vídeo.

(Vídeo: Reprodução/CBF)

Lance polêmico gerou revolta no Athletico

A decisão gerou ampla repercussão. O diretor de futebol do Athletico, Eduardo Freeland, criticou duramente a arbitragem, classificando o lance como um “erro grotesco” e cobrando providências da CBF. Para o dirigente, não há clareza nas imagens quanto ao suposto toque na mão, e o movimento do jogador seria natural dentro da dinâmica do lance.

De fato, as imagens divulgadas não evidenciam com nitidez o contato da bola com o braço do atleta rubro-negro, elemento central para a marcação da penalidade. Mesmo diante da incerteza, o árbitro de campo foi orientado a revisar o lance no monitor e, após análise, confirmou o pênalti com base na interpretação de que o braço estaria em posição antinatural. Em situações como essa, de situação inconclusiva, a orientação é seguir o que foi definido no campo, quando nada foi marcado.

Além disso, a condução da análise gerou críticas pela falta de precisão na comunicação entre os árbitros. Em diversos momentos, a equipe de vídeo demonstrou dúvida quanto ao número do jogador envolvido, chegando a confundir Dudu, camisa 53, com o atleta de número 57. A troca de identificações reforça a sensação de desorganização no processo de revisão.

Apesar da contestação, a Comissão de Arbitragem da CBF manteve o posicionamento adotado em campo. Em nota oficial, afirmou que a penalidade foi assinalada de acordo com as diretrizes vigentes e que o protocolo do VAR foi corretamente aplicado.

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