O time de 2013 do Atlético-MG está marcado eternamente na memória do torcedor atleticano. O time não só tirou o Galo de um longo período sem grandes conquistas, como também deu o título inédito da Libertadores. E o grande protagonista desta campanha histórica foi o goleiro Victor, que bateu um papo com exclusividade com a Gazeta Esportiva. O jogador lembrou os grandes momentos vividos pelo clube, as grandes viradas e sua saída do Grêmio para fazer história em Belo Horizonte.

“Foi tudo muito rápido, não era nada programado. Na semana da negociação eu sabia que havia uma sondagem. Meu empresário falou que o Atlético ia mandar uma proposta. Inclusive foi na semana do jogo contra o Atlético. Na sexta eu fui treinar normalmente e estava concentrado para o que seria o meu sétimo jogo pelo Grêmio no Brasileiro. Depois do treino me tiraram do jogo, por conta da negociação. E uns 20 minutos depois que eu saí de uma conversa com o Pelaipe, o Kalil já deu aquela “twittada”. Aí eu falei, bom, agora vamos embora. Foi tudo muito rápido”.

Apesar de um grande time, com Ronaldinho, Rever, Jô, Bernard, Tardelli e tantos outros excelentes jogadores, Victor destaca a participação de um elemento chave para o sucesso do clube. A torcida atleticana, que sempre esteve presente e deu show nas arquibancadas. Segundo o goleiro, a força para as grandes viradas vinha de lá.

“O grande segredo para as viradas foi nunca ter desistido. E a energia que vinha das arquibancadas era algo que dava muita força para a gente. A partir do momento em que o torcedor entoava o cântico de “eu acredito”, aquilo nos encorajava. E entre nós, nós falávamos: ‘se a torcida está dizendo que acredita, quem somos nós para desistir?’ Às vezes não era na técnica, era na raça. Mas muito se passava pelo apoio da torcida”.