Titular da Seleção Brasileira com as ausências de Ederson e Alisson, o goleiro Weverton exaltou as oportunidades recebidas nessa Data Fifa. O jogador do Palmeiras atuou na vitória sobre o Chile, na semana passada, e foi escolhido novamente para enfrentar a Argentina, no último domingo, em partida que acabou suspensa após intervenção da Anvisa.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, o arqueiro comemorou as chances que tem recebido com a amarelinha. Diante do Peru, pela 10ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, na quinta-feira, Weverton deve fazer seu sétimo jogo pela Seleção.

“Estou feliz com a com a oportunidade, é um orgulho muito grande. Hoje eu estava tomando banho e lembrando que tem algumas sensações da vida que a gente sente que tem que valorizar muito. Eu lembro que quando era criança, eu ia pra escola e era ensinado a cantar o hino nacional, e a gente ia muitas vezes cantar com muito orgulho. Hoje vestir a camisa da Seleção e poder cantar o hino do teu país outra vez, agora representando milhares e milhares de torcedores, é coisa que não tem preço. É uma alegria e satisfação enorme poder estar tendo essa oportunidade de entrar em campo, de ouvir o hino e de poder representar milhões. Faz você olhar para trás e ver que todo o seu esforço e dedicação valeu a pena. Eu me sinto muito honrado e muito feliz. Quero poder fazer o melhor em campo, aproveitar a oportunidade e desfrutar, porque é um momento muito especial. Que esse momento especial possa se transformar em uma boa atuação, que é o meu principal objetivo”, afirmou.

Weverton lamentou a suspensão do clássico contra a Argentina, no último domingo. No entanto, o goleiro fez questão de dizer que o jogo já é passado para os jogadores da Seleção Brasileira.

“Lógico que é sempre uma grande alegria, um grande prazer, entrar em campo vestindo a camisa da Seleção. A gente fez uma excelente preparação para aquele jogo, e jogar apenas cinco minutos realmente não era bem o que a gente esperava. São coisas que fogem da nossa vontade. Fizemos nossa melhor preparação também pensando no jogo do Peru. Foi uma grande preparação para todo mundo estar pronto para fazer uma grande partida”, disse.

“Tudo isso já ficou para trás quando a gente saiu de São Paulo. Após o jogo, já é assunto que não pertence mais a nós. Agora cabe a gente se preparar bem, focar somente no nosso próximo adversário que é o Peru. A equipe está toda focada e preparada, já sabendo da nossa responsabilidade e do nosso compromisso para fazer o melhor, performar bem e, se Deus quiser, sair com a vitória”, completou.

O camisa 12 do Brasil também comentou sobre a concorrência na Seleção Brasileira. Alisson e Ederson costumam ser os goleiros mais utilizados pelo técnico Tite. Já Santos e Everson foram chamados para seus lugares, já que ambos foram impedidos por seus clubes. de viajarem para a América do Sul.

“Todo mundo sabe quanto é concorrido, não só a posição de goleiro, mas todos os setores da Seleção. Sempre tem grandes jogadores, então se você tem uma oportunidade, tem que procurar fazer o melhor, seja como eu venho como agora, tendo a oportunidade de jogar, como nas outras vezes que eu não tive e procurarei sempre agregar um valor, agregar coisas boas aqui dentro. É fazer bons treinamentos, dificultar o máximo possível para os meus companheiros para prepará-los bem, poder aproveitar todo momento. Cabe sempre a comissão, que faz um excelente trabalho de observar, de ver aquele quem está em um momento bom ou melhor, para poder decidir. É sempre muito especial não só para mim, mas para todos, estar na Seleção, vestir a camisa e poder estar disputando. É uma disputa sadia, por disposição ou por um lugar na convocação. Isso já nos dá muito motivo de alegria, sempre muito prazeroso”, destacou.

Por fim, Weverton projetou o confronto com o Peru, às 21h30 (de Brasília) de quinta-feira, na Arena Pernambuco.

“A gente sabe que são sempre confrontos duros. O Brasil já enfrentou diversas vezes a equipe do Peru, sabe como joga. Acredito que eles também têm nos observado bastante. Vai ser um grande jogo, mais uma oportunidade da gente fazer uma grande partida para somar mais três pontos importantes na nossa caminhada. É somar o maior número de pontos para conseguir o nosso objetivo, que é chegar ao Mundial”, concluiu.

Confira outros assuntos abordados por Weverton na entrevista coletiva:

Qualidade na saída de bola

“Isso é muito importante. Acho que tendo qualidade na saída de bola, os atletas podem contar contigo, é um jogador a mais. Na saída, a gente está sempre jogando com onze e contra dez. O goleiro adversário não tem como sair para marcar alguém, então, quando o goleiro tem essa facilidade e consegue jogar bem com os pés. ajuda essa saída. Eu sempre procuro aperfeiçoar esse fundamento para poder ajudar. Gosto sempre de lembrar que a principal função do goleiro é embaixo da trave, mas você pode ajudar também na saída, pode dar um passe, fazer um lançamento. Isso é muito importante, faz muita diferença também”;

Dificuldade no entrosamento com menos tempo para treinar

“Todo mundo sabe que dessa vez o espaço para treinamento foi encurtado. É difícil você reunir tantos jogadores e ter esse encaixe. Acho que o jogo da Argentina era muito importante, porque com certeza faríamos um jogo bem melhor do que contra o Chile. O professor (Tite) até brinca com a gente que quando está ficando bom já é hora da gente lutar por nossos clubes. Mas isso faz parte, tem esse gosto às vezes de ir e já querer voltar. Pensar em trabalhar bem nosso corpo para poder ter a chance de voltar outra vez. A Seleção é isso, é poder se adaptar o mais rápido possível, conhecer as características, o que cada um pode oferecer. A gente tem um ambiente muito bom. Às vezes não tem tanto tempo para treinar, mas a gente se conversa, tenta conhecer o íntimo do outro para poder tirar o máximo de cada um e levar dentro de campo. A gente tem feito isso muito bem, não é atoa conseguimos a sétima vitória seguida nas Eliminatórias. Vamos em busca de mais, porque o grupo merece, trabalha muito e está pronto para mais um grande desafio”;

Abraço de Tite após a vitória sobre o Chile

“Acho que o abraço que ele me deu foi o que ele deu em todos. Também porque foi uma grande vitória diante de um grande adversário. Esse foi o sentimento que todos saíram de dentro de campo, de que é difícil ir até o Chile e vencer uma grande equipe. Foi uma grande vitória. As outras coisas são do nosso ambiente, daquilo que a gente luta pra pra conseguir. Tem detalhes que não dá para revelar (risos)”.