Curitiba - O zagueiro Léo, do Athletico, se manifestou nas redes sociais sobre o racismo sofrido no Atletiba do último sábado (25), no Couto Pereira. Em sua conta nas redes sociais, ele afirmou que vai buscar medidas para identificar e punir o torcedor responsável.

Logo após o jogo, o atleta do Furacão foi com um segurança até a Demafe no estádio, para registar o boletim de ocorrência. Porém, por conta do horário, já não havia mais ninguém no local. Nesta segunda-feira (27) ele deve ir até a seda da Polícia Civil registrar a queixa.
“É inadmissível enfrentar tamanho desrespeito como o preconceito que sofri hoje no Athletiba. Racismo é crime! Não aceito e não deixarei passar!. Vou tomar todas as medidas possíveis contra quem fez isso. Quem grita ofensa racista comete crime. Mas quem escuta e finge que nada aconteceu também tem culpa. O silêncio alimenta o racismo e isso precisa acabar! O futebol é para todos e o respeito tem que estar acima de tudo!”, escreveu o camisa 3 do Rubro-Negro.
Entenda o caso de racismo sofrido por Léo
Enquanto saía de campo, após ser expulso ainda no primeiro tempo do Atletiba, o zagueiro Léo foi agredido verbalmente por um torcedor que estava localizado próximo ao gramado e o chamou de “macaco e preto”.
Um vídeo que circula nas redes sociais, gravado pelo autor dos xingamentos, está viralizando na internet.
Zagueiro do Athletico já se posicionou anteriormente contra a injúria racial
Durante toda a sua trajetória de vida, Léo Pelé sempre se posicionou contra o racismo estrutural e a injúria racial. Segundo o próprio atleta, desde a infância ele sofre desse mal. Ainda quando atuava pelo São Paulo, em 2020, o defensor comentou sobre tudo que sofreu:
“Eu entrei em um shopping e fui mandado embora por causa da minha cor. Isso não existe. O cara falou pra mim: ‘você está aqui para pedir dinheiro?’ e começou a me ofender. Eu era menino, como que o cara vai me expulsar? Eu saí de lá e pensei: ‘o que é que eu estou fazendo aqui? Eu não mereço isso”
“O preconceito, o racismo, ele não é de hoje, é de muito tempo, e muita gente se fechava. Isso que o mundo está vendo (os protestos contra o racismo), não é de agora, já vem de anos. E a cor nunca pode definir o caráter de uma pessoa. E se tem uma coisa que meu pai, minha mãe e meus irmãos me ensinaram foi a ter caráter”
