Curitiba e Paraná - O Athletico garantiu o retorno à Série A muito graças a uma guinada construída em grande parte pelos reforços estrangeiros contratados durante o meio da Série B. Antes da chegada do grupo, formado pelo lateral-direito Benavídez, os zagueiros Carlos Terán e Aguirre, e os atacantes Mendoza e Viveros, o Furacão ocupava a 6ª colocação, com 23 pontos.

Todos os estrangeiros contratados pelo Athletico no meio da Série B
Benavídez, Viveros, Aguirre, Mendoza e Terán. Todos decisivos para o Furacão. (Fotos: José Tramontin e Duda Matoso/Athletico)

Além da campanha irregular, de sete vitórias, dois empates e seis derrotas, o time tinha o terceiro melhor ataque da competição, com 19 gols marcados, mas também a terceira defesa mais vazada, com 19 sofridos.

A estreia de Mendoza e Viveros ocorreu em 12 de julho, na derrota para o Goiás, pela 16ª rodada. No jogo seguinte, contra o Volta Redonda, a dupla voltou a entrar em campo, mas o Rubro-Negro novamente foi derrotado.

Reforços garantiram virada do Athletico no segundo turno

Os primeiros impactos do pacote estrangeiro foram discretos, embora tenham rendido dois pontos fundamentais nos empates contra Ferroviária e América-MG, que fecharam o primeiro turno. Sem eles, o time poderia ter encerrado a primeira metade da competição a apenas três pontos da zona de rebaixamento.

Ainda em busca de entrosamento nos primeiros jogos do returno, a transformação começou, de fato, a partir da 23ª rodada. A partir dali, os estrangeiros passaram a decidir partidas. O Athletico emendou uma sequência de sete triunfos seguidos e saiu do 12º para o 4º lugar.

Neste recorte, com gols, assistências, participações diretas em lances de construção e ações defensivas, Mendoza, Viveros, Benavídez e Aguirre tiveram influência direta em todos os jogos e nos 21 pontos somados na arrancada.

Chegada de novo defensor colombiano aumentou consistência do Athletico

No mesmo período, Carlos Terán estreou e, mesmo tendo sido expulso contra o Botafogo-SP, contribuiu significativamente para solidificar o setor defensivo ao lado de Benavídez e Aguirre. A consistência ficou clara: o Furacão sofreu apenas quatro gols em toda a sequência invicta, dois deles justamente na vitória por 3×2 sobre a Chapecoense, quando o colombiano estava suspenso.

Os reforços voltaram a aparecer na reta decisiva. Viveros marcou o gol salvador no empate com o Avaí, enquanto Benavídez e Aguirre formaram a base do sistema defensivo no Atletiba, garantindo mais dois pontos decisivos nessa fase final de campanha.

O desfecho também teve assinatura estrangeira. Nas vitórias contra Goiás e Volta Redonda, Viveros marcou e também distribuiu assistências, enquanto Mendoza participou diretamente dos lances decisivos. A contribuição do grupo subiu para 29 pontos conquistados com participação direta dos reforços estrangeiros.

Retirando, então, a pariticipação efetiva dos reforços durante a competição, o Athletico faria somente 12 pontos entre as rodadas 16 e 36. Com esse desempenho, o Furacão teria hoje 43 pontos, ocupando a 14ª colocação, 16 pontos atrás do G4 e apenas três acima da zona de rebaixamento.

Os números evidenciam uma situação clara. Sem o investimento estrangeiro, o Athletico poderia estar lutando contra o rebaixamento ou planejando mais um ano na segunda divisão, ao invés de comemorando o acesso.