O Paraná Clube perdeu uma ação judicial que tinha contra o Grupo Sonae, hoje WMS Supermercados do Brasil, dono do terreno na Avenida das Torres, onde atualmente se encontra um mercado atacadista e o Tricolor tinha uma loja de camisas e objetos. O clube tem 30 dias para retirar seus pertences e pagar uma dívida por aluguel, IPTU e condomínio atrasados. Caso isso não ocorra, está determinado pela Justiça “expedição de mandado e utilização de força policial e arrombamento, se necessários”.

Camisa do Paraná Clube
Paraná Clube perdeu mais uma ação judicial. (Foto: Divulgação/Paraná Clube)

O espaço, que já foi do time paranista, foi negociado em 1997, inicialmente por aluguel e depois em definitivo em 1999. Nestes acordos, o Paraná teve o direito de manter uma loja de 30 metros quadrados, acordo que seguiu até setembro de 2019, quando o WMS Supermercados optou por não liberar mais esse espaço e repassá-lo para outro comércio.

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A partir daí veio a briga dos dois lados. O Paraná Clube se recusou a sair e alega que tinha por direito o espaço, cedido gratuitamente no acordo da venda do terreno. Porém, o acordo era por 20 anos, tendo validade até 2019. No processo, a empresa cobra quase R$ 7 mil, referentes aos quatro meses de aluguel, IPTU e condomínio do espaço, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, período da briga entre as partes. Porém, o valor corrigido desde então supera os R$ 100 mil.

Paraná Clube se defende com acordo verbal e falta de dinheiro

Em sua defesa, o Paraná Clube alegou estar em recuperação judicial e, desta forma, não ter como arcar com as custas do processo. Além disso, apontou que o acordo verbal do final dos anos 1990 era vitalício para uso de forma definitiva e permanente do espaço. Por fim, ressaltou que não foi comprovada a urgência para a utilização do local por parte do Grupo, que é uma das maiores empresas alimentícias do mundo, não vendo prejuízo ou que deixou de lucrar por isso.

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O Tricolor ainda tentou o argumento de usucapião, por utilizar a loja por 20 anos ininterruptos e sempre pagando taxas condominiais e IPTU. Porém, teve a tentativa negada.

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Por se tratar de um acordo verbal, não comprovado, e o Grupo WMS ter registrado a propriedade do imóvel, a Justiça deu causa ganha à empresa e, com isso o Paraná, além de ter que deixar o local em até 30 dias, terá que arcar com os custos do processo e pagar aluguéis, condomínios e IPTU, corrigidos pelo IPCA e acrescidos de juros pela SELIC, o que totaliza mais de R$ 100 mil. Ainda cabe recurso ao clube da decisão.

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Ricardo Brejinski

Editor de esportes

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.

Formado pela PUCPR em 2008, foi correspondente do Diário Lance! em Curitiba, fundador e coordenador do extinto Notícia FC e editor da revista da Stock Car. Chegou à Tribuna do Paraná em 2011, foi setorista do Coritiba, repórter especial e editor de 2014 à 2019, sempre na editoria de Esportes. Em 2019, juntou-se à equipe da Gazeta do Povo e fez parte da criação do UmDois Esportes, onde ficou até dezembro de 2022. Em junho de 2023, foi contratado pela Banda B, sendo editor de esportes do portal e repórter de campo e comentarista na rádio. Cobriu a preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo 2010 e a Copa do Mundo 2014 em Curitiba, além de ter estado em três finais de Copa do Brasil.