Quando se fala de idolatria, é impossível a torcida do Paraná Clube não citar o nome de Saulo. O Tigre da Vila, primeiro grande artilheiro da história do Tricolor, concedeu uma entrevista exclusiva ao Bate Pronto Paraná desta terça-feira (3) e contou inúmeras histórias.

O ex-jogador, atualmente com 57 anos, segue ligado ao futebol. Saulo, depois que se aposentou dos gramados no final dos anos 90, exerceu as funções de auxiliar técnico e de treinador em algumas equipes. Portanto, o Tigre da Vila também falou sobre a polêmica função de comandar times.
A entrevista teve pouco mais de meia hora de duração e foi recheada de bom humor e reflexões por parte de Saulo.
Obrigatoriedade de se realizar curso é criticada por Saulo: “é absurdo pagar o necessário!”
Saulo de Freitas começou falando sobre a nova carreira, iniciada nos anos 2000 pouco tempo após a aposentadoria. Ele, que trabalhou como auxiliar e técnico de algumas equipes, criticou a defesa que muitas pessoas fazem à obrigatoriedade de profissionais de realizarem cursos para virar treinadores.
Todavia, o Tigre da Vila ressaltou que não é contra a prática e sim sua obrigatoriedade. Contudo, criticou os altos valores cobrados pela CBF para se inscrever em cursos e ganhar a oficialização para exercer a atividade de técnico.
Leia mais:
Paraná Clube se apresenta e inicia pré-temporada
Paraná Clube: credores apresentam plano alternativo ao Tricolor
“Eu fico chateado de ver as pessoas defendendo que as pessoas tem que ir na CBF pra fazer curso pra ser técnico. O curso não deve ser obrigatório. Não estou dizendo que as pessoas não devem fazer o curso, mas elas não devem ser aprovadas nele e já começar no profissional. Tem que iniciar na base”, avalia.
O início na base e não no profissional também foi ressaltado por Saulo como um caminho importante. De acordo com o ex-atacante, não se pode “sair do campo e, diretamente, se transformar em treinador”
“O cara não pode sair do campo e virar treinador. Tem que começar na base, ou ser auxiliar. Eu fiquei seis anos sendo auxiliar. Foi a melhor coisa que eu fiz. Por que? Pelo simples fato de você tratar com pessoas diferentes”, opina o Tigre.
Crise do Paraná é ressaltada por Saulo, que vê Argel tendo grande “oportunidade”
Saulo atuou no Paraná Clube entre 1991 e 1996 e marcou pouco mais de cem gols com a camisa do clube. Isso faz com que o Tigre seja considerado um dos grandes ídolos da história do Tricolor que, nos últimos anos, se afundou em forte crise. Saulo lembra de um alerta que fez, há mais de vinte anos.
“O Paraná não se organizou financeiramente. Isso motivou a crise. Gastava mais que ganhava. Em 2003, eu alertei: se diretores e jogadores continuarem amigos, o clube vai pro fundo do poço. Então, tudo isso veio a tona nos últimos anos”, lamenta.
Ainda que não atue há muito tempo e tenha vestido outras camisas, Saulo não esquece o Tricolor da Vila. O ídolo afirmou que acompanhou a Série Prata do Campeonato Paranaense deste ano, mas que achou o torneio “limitado”. Porém, ressaltou que os acessos do Paraná e do Rio Branco foram justos.
No caso do Tricolor, o grande campeão da competição, um dos nomes que chamaram a atenção foi o do técnico Tcheco. Cria da base do clube, o treinador levou o Paraná Clube ao título do torneio. Todavia, não permaneceu. Saulo desconversou quando questionado sobre se teria ficado com ele par 2025.
“Não sei se teria mantido o Tcheco, é difícil. Até porque não sei o que ele pediu para ficar. Mas, o Argel (novo técnico) tem uma chance de formar um time. Eles são contemporâneos, foram atletas quase que simultaneamente. Para o Argel, que sempre foi “bombeiro”, é uma grande oportunidade”, afirma Saulo.
Quer mais notícias? Então clique aqui e acesse o RIC Esporte Clube!
Você, aliás, também pode acompanhar tudo sobre o Paraná Clube no Bate Pronto, de segunda a sexta, de 12h até 14h. Portanto, acesse o Youtube ou sintonize Jovem Pan News 107.1.