Curitiba - Nesta semana, com a definição do rebaixamento do Paraná Clube para a Segunda Divisão estadual, surgiram muitas questões relacionadas ao futuro do clube. Isso porque o time sofre com ausência de um calendário nacional, o que só piorou com a queda no Paranaense.

Se a expectativa dos torcedores paranistas era de voltar a disputar um Brasileirão, no caso a Série D, em 2026, esse planejamento foi adiado por pelo menos dois anos com o rebaixamento. No ano que vem a equipe paranista terá que disputar novamente a Divisão de Acesso e, na melhor das hipóteses, voltará à elite estadual em 2027 e conseguirá uma vaga para uma competição nacional em 2028.
Mas isso significa que o Tricolor não vai aguentar até lá e vai fechar as portas? É correto dizer que não, principalmente diante da mobilização da torcida paranista desde o ano passado, quando abraçou o time e foi fundamental para o acesso estadual. Com um público em 2024 de cerca de 20 mil pessoas em média, é quase impossível que qualquer clube, de um jeito ou de outro, não consiga sobreviver.
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Mas para que isso ocorra, o Paraná precisa urgentemente se tornar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Sem esse investimento, a chance do clube continuar sofrendo dentro e fora das quatro linhas é grande.
No final de agosto o Paraná terá que pagar uma conta de R$ 20 milhões, relativo à primeira parcela da recuperação judicial do clube (a dívida total é de cerca de R$ 130 milhões). Como não deve ter esse dinheiro, o clube tricolor não tem muita alternativa a não ser aderir a SAF, mesmo que ela tenha perdido valor de mercado com o rebaixamento.
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A queda no Paranaense deste ano, a terceira na história do clube, tem um agravante a mais que é a primeira com o clube paranista sem calendário nacional. Em 2022, na última vez que foi rebaixado, o time ainda disputava a Série D.
Agora, a reconstrução passa por reconquistar a torcida, o que só terá êxito com mudanças na diretoria do clube, diante do descrédito por causa do fracasso recente. E um plano urgente para a criação da SAF, após a recusa de algumas propostas no final do ano passado.
Quanto antes o empresário Carlos Werner, que tem grande poder dentro do clube, e o presidente Ailton Barbosa de Souza se manifestarem explicando o que será feito nesse sentido, maior a chance do Tricolor renascer. Novamente.
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