A carreira do ex-atacante Renaldo sempre teve um belo sinônimo: gols. Aos 54 anos e marcado por boas passagens por Athletico, Coritiba e Paraná Clube, Renaldo foi o entrevistado do Bate Pronto Paraná desta quarta-feira (3).

Em meia hora de papo, o ídolo dos três clubes da capital paranaense relembrou momentos marcantes da carreira, mas também ativou o modo “corneta”. Renaldo fez críticas ao ano ruim do futebol paranaense e a Seleção Brasileira, classificando a temporada destes como um “fracasso”.
Gols e artilharias: Renaldo relembra carreira marcada por sucesso no Trio de Ferro de Curitiba
Poucos atletas na história do futebol paranaense tiveram a honra de defender os três times da capital paranaense. Renaldo, portanto, foi um destes. Ele chegou ao Athletico em 1992 após passagens por Gama e Guará, clubes do Distrito Federal. Em 2003 e 2005, jogou no Paraná e, também em 2005, atuou rapidamente pelo Coritiba
No Furacão fez 16 gols em 28 jogos. O bom desempenho o levou ao Atlético-MG, onde fez história até 1996. Depois, passou por outras equipes do Brasil, como o Corinthians, e algumas do futebol espanhol, como La Coruña e Las Palmas. Em 2003, porém, voltou ao estado para jogar no Paraná Clube.
No Tricolor da Vila, fez história: marcou 30 gols em 42 jogos e, por pouco, não foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro daquele ano. Renaldo não escondeu o carinho que tem pelo clube, mas especialmente pelo torcedor. Contudo, também fez questão de lembrar de sua chegada no time.
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“Sempre acompanhei o Paraná, tenho um respeito muito grande pelo torcedor paranista. Eu gosto deles, dos torcedores. Eu amo eles e eles me amam. Quando cheguei, o time estava por baixo e o técnico era o Cuca. Ele me dizia que eu ia carregar o time nas costas”, afirmou.
Porém, não poupou críticas ao atual estado do Paraná Clube. Na opinião de Renaldo, não há um foco primário para o Tricolor voltar a ser grande.
Primeiro, a gente tem que fazer a nossa empresa crescer. Eu fiquei muito triste com o Paraná nos últimos anos. Eles não pensam em deixar o clube grande, não pensam grande. Precisamos estruturar o clube e profissionalizá-lo”, disse.
“Fracasso total”: Renaldo ativa modo “corneta” e critica ano do futebol paranaense e da Seleção
Renaldo se acostumou a ver o futebol paranaense com grandes trabalhos e resultados. Todavia, o ano não foi bom, especialmente em Curitiba. Campeão paranaense, o Athletico luta contra o rebaixamento na Série A. O Coritiba, por sua vez, não conseguiu o acesso à elite. O Paraná, por fim, retornou agora à elite do estadual. E Renaldo não poupou críticas.
“O futebol paranaense em 2024 foi um grande fracasso. Você tem que ter muita cautela quando promete algo, porque o futebol está muito nivelado. Vi presidente prometendo título, briga por conquista de todas as taças. Mas não pode ser assim. Foi um ano muito triste”, lamentou.
E as críticas se estendem à seleção brasileira, a mesma que ele defendeu nos anos 90. Renaldo classificou o ano do Brasil como “fracassante” e cobrou uma mudança de mentalidade de todos os envolvidos.
“Foi um ano fracassado da Seleção. Não é só o técnico que tem que mudar. Os jogadores também tem que mudar, especialmente a mentalidade. E outra: os caras tem que mostrar mais. Você pega a seleção brasileira por exemplo: eles não vão jogar pelo amor, parece apenas mais um compromisso”, lamentou.
Renaldo praticamente descarta futuro como treinador: “não está no meu sangue”
Aposentado desde 2011, quando defendeu o Vilavelhense, do Espírito Santo, Renaldo afirma que “não tem sangue” para se tornar treinador ou auxiliar. Para justificar a opinião, ressaltou o sentimento de alguns amigos que estão na profissão. Todavia, falou sobre qual seria o seu perfil à beira do gramado.
“Estou recebendo convites para ser auxiliar e treinador, mas não vejo isso no meu sangue. Tenho amigos que são treinadores e hoje sofrem muito. Eu seria parceiro do jogador, mas seria bem rígido também. Eu confesso que sou ranzinza, mas eu cobraria eles para subirem de nível e estarem melhores”, concluiu.
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