Ponta Grossa - O meia-atacante do América-MG, Miguelito, acusado de injúria racial no confronto entre Operário e Coelho, pela sexta rodada da Série B, prestou depoimento à Polícia Civil. O atleta se defendeu da acusação, explicando que não havia falado a expressão racista e que não teria falado diretamente com o atacante Allano, do Fantasma, no lance durante a partida. O jogador já foi liberado para responder o processo em liberdade.

Miguelito em depoimento na delegacia.
Miguelito em depoimento na delegacia. Foto: Reprodução/Polícia Civil do PR

“O que aconteceu foi depois de um lance, uma falta, que aconteceu com ele (Allano). Teve três coisas que eu falei, só que, em nenhum momento, eu fui falar diretamente olhando para ele (Allano). Primeiro falei ‘cagão’, pela falta. Mas não foi para o jogador, foi para o juiz, que estava dando umas faltas que a gente chama sem sentido, quando vamos trombar com os caras”, afirmou Miguelito.

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Depois eu falei uma expressão, meio que em espanhol e português: ‘merda do caralho’. Mas em nenhum momento eu cheguei e falei com ele diretamente. Foi uma expressão que eu tive porque estavam acontecendo com ele as faltas e tal. Não falei mais nada”, explicou o jogador do América-MG durante depoimento à Polícia Civil.

Ele completou dizendo que o atacante do Operário estaria “bolado com os lances” e “brigando com todo mundo”. Ainda segundo o jogador, Allano teria tido uma reação rápida a fala dele, o que o deixou sem entender nada durante a discussão.

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“Eu olhei sem entender nada, foi quando ele chegou em mim e começou a falar: ‘Você me chamou de preto! Você me chamou de preto’. Eu olho para ele com cara de quem não estava entendendo o que ele estava falando. Aí chegou o companheiro dele e começou todo mundo a chegar perto e parou o jogo. Depois mais nada”, completou.

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