Curitiba - A vereadora de Curitiba Professora Angela (PSOL) disse nesta segunda-feira (10), que o Coritiba tem um “histórico racista”. A fala foi proferida durante sessão em homenagem ao zagueiro Léo, do Athletico Paranaense, que sofreu injúria racial durante o Atletiba de 25 de janeiro.

“Curitiba tem um histórico (racista) já e o Coxa mais ainda de racismo. Então a cidade precisa enfrentar o racismo. E quero me solidarizar ao Léo Pelé pelo ocorrido naquele dia no estádio”, disse a vereadora durante a sessão plenária.
Após a repercussão, Professora Angela gravou um vídeo nas redes sociais em que se desculpa com a torcida do Coritiba e que a questão do racismo “não pode ser tratado com clubismo”.
“Errei. O racismo é estrutural no Brasil e não pode ser tratado como clubismo. Quase todos os times brasileiros já tiveram casos de racismo na sua história. Portanto, eu fui infeliz em mencionar com ênfase o Coritiba nesse debate. Quero pedir desculpas aos torcedores e a instituição. De nossa parte, nós seguiremos incansáveis na luta contra o racismo”, pontuou a vereadora.
Coritiba baniu torcedor por caso de racismo citado por vereadora
O Coritiba baniu o homem que proferiu injúria racial contra o zagueiro Léo no Atletiba. A decisão foi comunicada no dia 5 de fevereiro.
Com a decisão, o jovem está banido do quadro de sócios do time e, portanto, impedido de frequentar o Couto Pereira.
A identidade do jovem não foi divulgada pelo Coritiba ou pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). A investigação do caso pela PCPR ainda não foi concluída até o fechamento dessa matéria.
Coritiba retirou hino com letra racista do site
Após repercussão nas redes sociais, o Coritiba retirou o primeiro hino da história do clube, composto em 1928, do site oficial do clube.
O hino contém trechos racistas, em que defende a eugenia como uma prática a ser seguida na sociedade.
“Afirmação da nossa raça, pela vitória da eugenia”, cita dois versos do hino.
No começo do século 20, a ideia de que a eugenia seria algo necessário para o bem estar da sociedade era defendida por muitos adeptos.
Entretanto, com o passar dos anos e o aprofundamento de estudo sobre as bases “científicas”, o “racismo científico” foi provado como apenas uma visão de mundo racista.
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