Organizações não governamentais que atuam com proteção dos direitos dos animais em Curitiba estimam que uma única cadela e seus descendentes possam gerar cerca de 64 mil cães em um período de sete anos. Sem donos, muitos destes bichos acabam abandonados, perambulando pelas ruas e vítimas de maus tratos.
Para prevenir os problemas, a melhor solução é evitar a reprodução dos cães através de cirurgia de castração ou esterilização. Nas fêmeas, são retirados útero e ovários. Nos machos, testículos. O procedimento, realizado por médico veterinário, pode ser feito tanto em filhotes (a partir de dois meses) quanto em adultos. Nas fêmeas, o ideal é que aconteça antes do primeiro cio. Porém, também é possível esterilizar cadelas que já tiveram filhotes e concluíram o período de amamentação.
Além de impedir a procriação excessiva e o abandono, a esterilização gera benefícios à saúde do animal. Em fêmeas, pode evitar distúrbios hormonais, infecção de útero (piometra) e alguns tipos de câncer, como o mamário.
A castração pode ser realizada em clínicas e hospitais veterinários. Na capital paranaense, também é disponibilizada a custos menores por algumas organizações não governamentais (ongs), como a Sociedade Protetora dos Animais. Na clínica mantida pela entidade, além de pagar valores um pouco menores, quem opta em levar seu bichinho também contribui para que o local tenha condições de continuar dando abrigo a animais abandonados. O telefone de contato da Sociedade Protetora é o (41)3256-8211.
Na ong Quatro Patas, é ofertada castração gratuita para famílias de baixa renda. Porém, o tempo de espera para conseguir o benefício tem sido de cerca de um ano, sendo que a capacidade de atendimento da entidade é limitada. Para outras pessoas, a cirurgia é disponibilizada com custos menores, dependendo do sexo e do tamanho do animal.