Brasil - O ataque de onça que terminou com a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no último domingo (20), no Pantanal sul-mato-grossense, pode ter sido resultado de dias de observação silenciosa. É o que afirma o sobrinho da vítima, ao relatar que a onça-pintada teria se acostumado à presença do tio e aprendido seus hábitos antes de atacá-lo.

Caseiro morto por onça no Pantanal
O parente da vítima detalhou os momentos que antecederam o ataque fatal (Foto: Reprodução)

Segundo ele, o felino já frequentava os arredores do pesqueiro conhecido como Touro Morto, onde Jorginho – como era chamado – trabalhava e vivia. Os detalhes do caso foram revelados pelo parente em áudio divulgado pelo portal Metrópoles.

“Ela já monitorava ele, ela vivia rondando o pesqueiro e ele facilitava. No fim, o que aconteceu? Ela que amansou ele. Na verdade, a onça que amansou meu tio. Ele descuidou, não deu muita atenção. Achava que ela só ia andar ali à noite, na hora que ele estava dentro da casa. Ele acabou ficando tranquilo sobre isso, mas, o que acontece: ela foi esperta”, relatou.

O parente da vítima detalhou ainda os momentos que antecederam o ataque fatal:

“E qual era rotina dele: ele levantava por volta das 5:30 da manhã, ia para cozinha, fazia o café dele, deixava clarear mais um pouco e lá pelas dez para as 6h ele ia até os barcos ver como estavam e, nesse dia, acabou acontecendo a fatalidade: ela ficou escondida e atacou ele.”

Buscas pela onça que matou caseiro já passam de 20 horas

Já passam de 20 horas as buscas pela onça-pintada que atacou e matou o caseiro. O trabalho começou por volta das 19h de terça-feira (22) e envolve sete pessoas, entre pesquisador, guias e policiais ambientais.

Imagem ilustrativa de uma onça no mato.
O trabalho de buscas começou por volta das 19h de terça-feira (22) (Foto: Ilustração/Freepik)

A ação foi organizada pelo governo do Mato Grosso do Sul, que pretende capturar o animal e transferi-lo para um centro de reabilitação localizado em Campo Grande, de acordo com informações divulgadas pelo jornalista Pedro Duran, da CNN Brasil.

À frente da operação estão a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e a Polícia Militar Ambiental, com o apoio do pesquisador Gediendson Ribeiro de Araújo, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, referência em manejo de onças-pintadas.

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