O calor extremo pode trazer sérios riscos à saúde, sobrecarregando o corpo e afetando o coração, a pressão arterial e o equilíbrio hídrico. Com a temperatura elevada, o organismo precisa trabalhar mais para se manter estável, o que pode resultar em taquicardia, desidratação e até complicações graves, especialmente para idosos, crianças e pessoas com doenças cardíacas. Entenda como se proteger durante as altas temperaturas e evitar complicações.

Segundo Gabriela Bonilha Nogueira, clínica médica e cardiologista do Hospital São Marcelino Champagnat e Hospital Cajuru, o corpo humano tenta regular sua temperatura interna, que deve estar entre 36°C e 37°C. Quando o ambiente ultrapassa essa marca, o corpo precisa trabalhar mais para manter a temperatura.
“Toda vez que o ambiente está muito mais quente do que isso, esse corpo tenta se termo regular para manter essa temperatura interna dos nossos órgãos sempre a mesma. Então, se está muito quente lá fora, o corpo precisa trabalhar muito mais e gastar muito mais energia para manter essa temperatura, e para isso ele tem algumas estratégias. A principal delas é que o coração começa a trabalhar mais, precisa bombear mais sangue, com isso ele precisa bater mais rápido, causando o que a gente chama de taquicardia”.
Além disso, a cardiologista alerta para o risco de desidratação, que pode levar que pode levar à perda de eletrólitos e distúrbios hidroeletrolíticos.
“As pessoas que já têm problemas cardíacos prévios, como hipertensos, ou seja, pessoas com pressão arterial elevada, pessoas com insuficiência cardíaca, idosos ou crianças”, explicou.
Como evitar complicações por causa do calor extremo?
Para evitar complicações, é fundamental beber muita água, mesmo sem sede. Um adulto de 70 kg deve consumir ao menos 2.500 ml de água por dia. Nogueira ressaltou a importância de evitar a a exposição direta ao sol, especialmente entre 10h e 16h, e permanecer em ambientes frescos e ventilados.

“Tem que tomar água mesmo estando sem sede, porque vai suar, perder eletrólito e vai desidratar. Ficar em lugares arejados, com ventilador, ar-condicionado, sem precisar ficar no sol, evitar ficar entre as 10h e 16 h, que são aqueles horários em que a incidência solar é mais forte”, finalizou.
Além disso, algumas condições, como menopausa e problemas na tireoide, podem agravar as ondas de calor, mas a desidratação severa causada pelo calor extremo pode, em casos raros, levar a uma parada cardíaca, principalmente em quem já sofre de doenças cardíacas graves.
A prevenção e a atenção aos sinais do corpo são essenciais para garantir a saúde durante ondas de calor intensas.
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