Se você já passou pela sensação estranha de estar adormecendo e, de repente, sentir que está caindo, saiba que não está sozinho. Esse fenômeno, conhecido como espasmo hípnico ou sobressalto noturno, é algo que acontece com muitas pessoas e pode ser explicado pela ciência do sono.

Espasmo hípnico tem muitas explicações, inclusive sobre estado de saúde
Espasmo hípnico tem muitas explicações, inclusive sobre estado de saúde (Foto: Freepik)

Mas afinal, o que causa essa sensação de queda? É um problema grave? Precisa de tratamento? Vamos responder a essas e outras perguntas neste artigo.

O que é o espasmo hípnico?

O espasmo hípnico é um movimento involuntário e repentino que ocorre na transição entre a vigília e o sono. Ele pode ser acompanhado de uma sensação de queda, sobressalto, espasmo muscular e até de um breve sonho ou alucinação.

Essa experiência geralmente não dura mais do que alguns segundos e pode ser mais intensa em algumas noites do que em outras. Apesar de ser assustador para algumas pessoas, na maioria dos casos, trata-se de um fenômeno benigno e inofensivo.

Por que sentimos que estamos caindo ao adormecer?

Embora os cientistas ainda não tenham uma resposta definitiva, há algumas teorias sobre o que causa essa sensação. Confira as principais:

  1. Desaceleração do corpo – Quando começamos a adormecer, o cérebro reduz sua atividade e nossos músculos relaxam. Algumas áreas do cérebro podem interpretar essa transição como uma queda, o que faz com que enviem um sinal para os músculos se contraírem rapidamente.
  2. Resposta ao estresse e à ansiedade – Pessoas que sofrem de estresse ou ansiedade têm mais chances de experimentar espasmos hípnicos. Isso ocorre porque o sistema nervoso pode estar mais sensível e hiperativo, tornando a transição para o sono mais abrupta.
  3. Atividade cerebral irregular – Durante a fase inicial do sono, algumas áreas do cérebro ainda estão ativas. Isso pode fazer com que o sistema motor dispare sinais errados, levando ao espasmo.
  4. Fatores externos – O consumo excessivo de cafeína, nicotina e álcool pode aumentar a frequência dos espasmos, assim como privação de sono e uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir.

O espasmo hípnico é perigoso?

A sensação é semelhante a uma queda, rápida e repentina
A sensação é semelhante a uma queda, rápida e repentina (Foto: Pexels)

Na maioria dos casos, os espasmos hípnicos são completamente normais e não representam risco à saúde. No entanto, se essas sensações forem muito frequentes ou estiverem acompanhadas de outros sintomas, como insônia severa, falta de ar ou dor no peito, é recomendável procurar um médico especialista em sono.

Distúrbios do sono, como a apneia do sono e a síndrome das pernas inquietas, podem estar associados a episódios frequentes de espasmos noturnos e devem ser avaliados por um profissional.

Como evitar a sensação de queda ao dormir?

Se você quer reduzir a frequência dos espasmos hípnicos, algumas mudanças na rotina podem ajudar. Veja algumas dicas:

  • Evite cafeína e nicotina à noite – Essas substâncias estimulam o sistema nervoso e podem dificultar o relaxamento.
  • Mantenha uma rotina de sono regular – Tente dormir e acordar sempre nos mesmos horários para evitar desequilíbrios no ciclo do sono.
  • Reduza o estresse antes de dormir – Técnicas como meditação, respiração profunda e alongamento podem ajudar a relaxar o corpo e a mente.
  • Evite o uso excessivo de eletrônicos antes de dormir – A luz azul emitida por celulares, tablets e computadores interfere na produção de melatonina, o hormônio do sono.
  • Crie um ambiente propício ao sono – Um quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável favorece um sono mais tranquilo e sem interrupções.

Conclusão

Se você dorme de lado você é confiável, sociável e gosta de pertencer a grupos e equipes
O bom sono tem influência direta na saúde, seja física ou mental (Foto: Pexels)

A sensação de queda ao adormecer pode ser desconfortável, mas, na maioria das vezes, é completamente normal. Entender os fatores que contribuem para esse fenômeno pode ajudar a minimizá-lo e melhorar a qualidade do seu sono.

Se os episódios forem frequentes ou impactarem sua qualidade de vida, procure um médico especialista para avaliar seu padrão de sono e garantir que tudo está bem.

E você, já sentiu essa sensação ao dormir? Compartilhe sua experiência nos comentários!