Brasil - Quem diria: Isaac Newton, o grande físico que mostrou ao mundo a gravidade, tinha um lado místico. Essa versão do cientista aparece em documentos inclusive, nos quais ele elabora uma teoria a respeito do fim do mundo.

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Carta do cientista ficou sob o poder de colecionadores por séculos
acreditava em Deus e baseou sua afirmação em “dados” bíblicos (Foto: Reprodução)

Em sua versão “teólogo”, Isaac Newton recorreu à Bíblia como fundamento para os cálculos do ano do apocalipse. A história veio à tona em documentário da BBC, chamado “Newton: the dark heretic“. Algo como “Newton: o herege sombrio”.

Isaac Newton escreveu uma carta em 1704, prevendo o fim do mundo para 2060. Restam, assim, 35 anos para a existência da humanidade. Os manuscritos do cientista estiveram por centenas de anos em coleções privadas, o que atrasou o conhecimento deste documento.

A carta está entre os manuscritos, de posse da comunidade científica a partir dos anos 1970. Ainda assim, apenas décadas depois, em 2003, todo o conteúdo se tornou público. Foi preciso, inclusive, que um pesquisador comprasse a coleção de cartas “não científicas”, em 1936, e as doasse a Israel, já em 1951.

Isaac Newton acreditava em Deus e baseou sua afirmação em "dados" bíblicos
acreditava em Deus e baseou sua afirmação em “dados” bíblicos (Foto: Reprodução)

Assim, a coleção só chegou à Biblioteca da Universidade Hebraica, em Jerusalém, em 1969. De acordo com  Stephen D. Snobelen, professor de história da ciência da Universidade King’s College de Halifax, na Nova Escócia, “Isaac Newton era um crente”.

“Newton acreditava em Deus e que a bíblia era uma revelação Dele, que não estava limitado pelo tempo como os humanos, o que o permitia ver ‘o fim desde o começo’. Usando as palavras do próprio Isaac Newton, ele estava convencido que ‘as profecias sagradas’ das escrituras não são nada mais do que ‘histórias do que está por vir’”.