A recente escolha de Robert Prevost, o Leão XIV (14), como novo papa trouxe à tona antigas controvérsias envolvendo seu nome. Apesar da imagem progressista e do histórico como líder respeitado dentro da Igreja, o religioso norte-americano já esteve no centro de sérias acusações relacionadas à omissão em casos de abuso sexual cometidos por membros do clero.
As denúncias mais antigas remontam aos anos 1980 e 1990, quando Prevost atuava em Chicago. Ele e o então arcebispo local, Blaise Cupich — também considerado um dos nomes fortes para o papado — teriam sido alertados sobre comportamentos abusivos de dois padres agostinianos. Ambos os religiosos foram posteriormente condenados, mas, segundo as denúncias, medidas efetivas de proteção às vítimas e punição dos agressores não foram tomadas na época.
Já em sua passagem pelo Peru, onde comandou a diocese de Chiclayo, Prevost voltou a ser acusado de não agir diante de relatos graves. Três religiosas relataram terem sido vítimas de abusos sexuais por parte de dois sacerdotes e afirmam que o então bispo optou por não dar andamento às investigações dentro da Igreja.
Em resposta às acusações, a diocese peruana informou que Prevost orientou as vítimas a procurar a Justiça comum e que o processo eclesiástico foi interrompido após o caso ser arquivado pelo sistema judicial, devido à prescrição do crime.
A nomeação de Prevost reacende o debate sobre como a Igreja lida com seu passado — e presente — de denúncias de violência sexual. O tema, que tem manchado a imagem da instituição há décadas, segue sendo um dos maiores desafios do novo pontífice.
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O cardeal, que será chamado Papa Leão XIV (14), é nascido nos Estados Unidos, mas é conhecido como “pastor de duas pátrias” pelo trabalho que realizou no Peru.
Prevost ocupava o cargo de prefeito de Dicastério para os Bispos, que era voltado para conhecer a estrutura da igreja e participar da nomeação dos bispos.
Prevost é nascido em Chicago (Estados Unidos) e se formou em matemática aos 22 anos, pouco antes de decidir que iria se tornar padre. O novo papa é poliglota e tem cidadania peruana após realizar uma missão no Peru em 1985.
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