Apesar do Vaticano ainda não ter confirmado oficialmente a causa da morte do papa Francisco, é provável que ela tenha ligação com os recentes problemas de saúde que o pontífice enfrentou. Ele passou cinco semanas internado no Hospital Gemelli, em Roma, na Itália, entre fevereiro e março, com um grave quadro de pneumonia.

Após passar cerca de uma semana com dificuldades para respirar, tendo inclusive que interromper em três ocasiões suas leituras oficiais por crises de falta de ar, o papa teve uma bronquite diagnosticada. No entanto, como o quadro de saúde só piorava, ele foi internado no hospital no dia 14 de fevereiro, para realizar exames e ter um acompanhamento médico mais intenso.
Francisco já havia sido internado três vezes em 2023, com quadros respiratórios, que foram influenciados pela perda percentual de seu pulmão quando tinha 21 anos.
Além disso, o papa sofreu dois acidentes nos últimos meses, deixando seu queixo e braço feridos. Apesar da dificuldade na saúde, ele não cancelou nenhum dos seus compromissos e, mesmo precisando pausar algumas das celebrações, continuou com suas reuniões no Vaticano.
Aparições do Papa com falta de ar
- 5 de fevereiro (quarta-feira) – Interrompeu discurso com a frase: “estou com um forte resfriado”;
- 9 de fevereiro (domingo) – Apontando para o próprio peito precisou parar uma homilia, solicitando que o arcebispo continuasse: “peço desculpas e peço que o mestre de cerimônias continue a leitura devido à dificuldade de respirar”;
- 12 de fevereiro (quarta-feira) – Precisou paralisar leitura que foi prosseguida por um sucessor: “Ainda não posso com a minha bronquite. Espero que, da próxima vez, eu possa”.
Pneumonia e agravamento do estado de saúde
Nos dias seguintes, o papa sofreu diversas complicações em seu estado de saúde. Após ter uma pneumonia bilateral detectada, ele teve uma série de crises respiratórias.

Entre essas crises, ele sofreu dois quadros de insuficiência respiratória aguda, quando a equipe médica retirou “grandes quantidades” de muco acumulado de seus pulmões, o que causou um novo episódio de broncoespasmo.
Ao longo do internamento, o quadro de pneumonia passou a ser tratado como infecção polimicrobiana. O novo diagnóstico levou a equipe médica a modificar a medicação do papa para estabilizar o quadro de saúde.
Alta médica após cinco semanas internado
Após cinco semanas internado, o papa Francisco fez sua primeira aparição pública momentos antes de receber alta, no dia 23 de março, na varanda do hospital.
De cadeira de rodas, o líder da Igreja Católica fez uma breve saudação para os fiéis durante a oração dominical do Angelus, por volta das 8 horas da manhã (horário de Brasília).

Histórico de doenças e cirurgias de papa Francisco
Antes dos recentes problemas respiratórios, Francisco enfrentou uma série de problemas de saúde, desde a juventude.
- 1957 – Retirada percentual do pulmão;
- 1980 – Remoção da vesícula biliar;
- 2015 – Rumores de tumor cerebral;
- 2019 – Procedimento para tratar a catarata;
- 2021 – Cirurgia no cólon;
- 2023 – Internação para tratamento da pneumonia;
- 2025 – Hospitalização para tratar bronquite.
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