A falta de sexo prolongada pode afetar a saúde física e emocional de forma significativa, segundo estudos científicos. Ficar muito tempo sem sexo pode gerar impactos físicos e emocionais. Pesquisas indicam que a ausência de relações sexuais pode influenciar desde o humor até o sistema imunológico.

Casal relação íntima
Atendimento psicológico é fundamental quando a abstinência sexual afeta a qualidade de vida

O que é abstinência sexual e como ela afeta o corpo

A falta de sexo, caracterizada por longos períodos sem atividade sexual, interfere diretamente em processos fisiológicos do organismo. Embora algumas pessoas escolham a abstinência como um estilo de vida, outras a enfrentam por motivos emocionais, relacionais ou de saúde. De qualquer forma, o corpo responde a essa ausência.

Segundo pesquisa publicada pelo National Center for Biotechnology Information (NCBI), a prática sexual regular contribui para a liberação de hormônios como endorfina e oxitocina, relacionados ao prazer e à redução do estresse. Quando o corpo deixa de produzir essas substâncias em níveis adequados, ele manifesta sinais como alterações no sono, ansiedade e desregulação do humor. A falta de sexo intensifica essas alterações e prejudica o bem-estar geral.

Além disso, a atividade sexual fortalece o sistema imunológico. Um estudo da Wilkes University, nos Estados Unidos, apontou que pessoas sexualmente ativas apresentam níveis maiores de imunoglobulina A (IgA), que atua na proteção contra infecções respiratórias. Ao contrário, a falta de sexo reduz esse nível e compromete a defesa natural do corpo.

Impactos emocionais e comportamentais da falta de sexo

À medida que o tempo de abstinência se prolonga, o corpo e a mente respondem com sinais mais evidentes. A falta de sexo afeta diretamente o equilíbrio emocional, causando instabilidade e sensação de vazio. Dados da European Psychiatric Association (EPA) revelam que a ausência prolongada de intimidade contribui para quadros de estresse, irritabilidade e tristeza recorrente.

Muitas pessoas relatam dificuldade em se conectar com outras pessoas quando enfrentam longos períodos sem contato íntimo. A falta de sexo pode reduzir a autoestima, gerar insegurança e ampliar o isolamento social. Nos relacionamentos, ela costuma provocar conflitos frequentes, afastamento emocional e ruptura do diálogo.

O Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) destaca que os hormônios sexuais, como a testosterona e o estrogênio, reduzem naturalmente com o tempo de abstinência. Essa redução influencia o desejo, o humor e até mesmo a disposição física. Assim, a falta de sexo não afeta apenas o desejo sexual, mas também o ânimo e a motivação diários.

Ficar muito tempo sem sexo pode gerar impactos físicos e emocionais

Quando a pessoa permanece sem relações sexuais por meses ou anos, o corpo adapta-se à nova rotina hormonal, mas paga um preço por isso. A falta de sexo compromete a circulação sanguínea, especialmente porque a atividade sexual estimula a produção de óxido nítrico, substância que regula a pressão arterial. Sem essa produção, o risco de hipertensão aumenta.

Casal fazendo sexo
A falta de sexo pode impactar a saúde do coração e do sistema imunológico (Foto: imagem / MB Lifestyle / Canva)

Pesquisadores do Journal of Health and Social Behavior analisaram padrões de comportamento em adultos e concluíram que a frequência sexual está diretamente ligada à longevidade e à vitalidade percebida. Quem mantém uma vida sexual ativa relata mais energia e menos episódios de doenças relacionadas ao estresse. Já quem enfrenta a falta de sexo por tempo indeterminado tende a relatar sintomas de cansaço, desmotivação e baixa produtividade.

No Brasil, dados do IBGE mostram que cerca de 15% da população adulta entre 25 e 45 anos vive em abstinência sexual, o que acende o alerta para os impactos da falta de sexo na saúde pública. A ausência de relações sexuais pode resultar em efeitos cumulativos que vão além do corpo e atingem o desempenho social e profissional.

Abstinência e saúde mental: quando procurar ajuda

É importante reconhecer os sinais que indicam que a falta de sexo está impactando negativamente a saúde mental. Transtornos de ansiedade, quadros depressivos, insônia e desmotivação constantes precisam de atenção profissional. A ajuda psicológica torna-se essencial quando a abstinência sexual compromete a vida cotidiana e os relacionamentos interpessoais.

Profissionais da saúde mental recomendam terapias focadas no resgate da autoestima, do desejo e da confiança. Em muitos casos, a falta de sexo desencadeia sentimentos de rejeição e frustração. Para lidar com esses efeitos, a rede pública de saúde oferece atendimento gratuito por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), vinculados ao SUS.

Adotar medidas de autocuidado, fortalecer vínculos sociais e buscar atividades que estimulem o bem-estar são estratégias complementares. No entanto, se os impactos da falta de sexo persistirem, a orientação especializada garante melhores resultados e contribui para a saúde integral do indivíduo.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!

Jonathas Bertaze

Repórter

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.

Jonathas Bertaze é formado em Jornalismo desde 2023, pós-graduado em Assessoria, Gestão de Comunicação e Marketing e especializado na cobertura de pautas de Segurança, como crimes e acidentes, além de Cotidiano e Loterias, com resultados da Caixa Econômica.