Curitiba - O transplante capilar em Curitiba se tornou uma das opções mais procuradas por quem busca restaurar a autoestima e resolver problemas de calvície. Mas qual é o preço médio do procedimento na capital paranaense? Em quanto tempo aparece o resultado? O assunto ainda provoca muita curiosidade por parte dos pacientes que já fizeram e de quem ainda está pensando em realizar o procedimento.

Conforme os dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 42 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de alopecia. O que chama atenção nos números da entidade, é que 1/4 (um quarto) dos 42 milhões que sofrem com calvície hoje são jovens entre 20 e 25 anos.
A alopecia androgenética, a mais conhecida, causa o afinamento dos fios e a calvície progressiva, com padrões distintos entre homens e mulheres.
Um outro estudo, realizado pela plataforma online Medihair, especializada em tratamentos para queda de cabelo, revela que a calvície afeta milhões de homens ao redor do mundo, com uma significativa variação nas porcentagens de queda de cabelo entre diferentes países.
A pesquisa, que ouviu mais de 4.000 pessoas, identificou os 47 países mais afetados pela perda de cabelo masculina e destacou que fatores como genética, estilo de vida e condições ambientais têm um grande impacto sobre a prevalência desse problema.
Os resultados mostraram que os cinco países com maior porcentagem de calvície masculina estão localizados principalmente na região ocidental, com Espanha, Itália e França na liderança, apresentando índices próximos a 44% de perda de cabelo.
Embora esses dados evidenciem uma maior prevalência nos países ocidentais, o estudo também revelou que a calvície é uma preocupação mundial, atingindo homens de diferentes regiões, como Brasil, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Índia, Japão, e até mesmo na África do Sul.
Transplante capilar: o que diz a especialista?
Em entrevista ao portal RIC, a médica Daniele Alves (CRM-PR 37367), especialista em transplante capilar e fundadora da clínica NovoFio Curitiba, explicou sobre a procura pelo procedimento, os avanços das técnicas e as principais dúvidas dos pacientes.
Segundo a médica, a busca por transplante capilar na capital paranaense tem aumentado muito nos últimos meses. O motivo, segundo ela, é os avanços da técnica que tem permitido um preço mais acessível para os pacientes.
Há alguns anos apareceu a técnica que iniciou na Turquia, foi trazida pro Brasil, que é uma técnica muito menos invasiva, com a recuperação mais rápida, menos dolorosa, né. Então, acabou facilitando o acesso das pessoas para realizar a cirurgia, porque a calvície ela é um problema de homens e mulheres […] então, a partir do momento que facilitou a técnica, consequentemente reduziu um pouco o custo do procedimento, né, deixando mais acessível, aí é o mercado, né, igual eu falo, o mercado estourou assim”, disse Daniele.
Quanto custa um transplante capilar em Curitiba?
Um transplante capilar em Curitiba custa em média de R$ 16 mil a R$ 25 mil. No entanto, a médica Daniele Alves alerta que os pacientes devem ficar atentos aos preços, já que o valor também pode ser um indicativo da qualidade e segurança do procedimento.

(Foto: Ilustração/Freepik)
“Tem preço menor? Tem! O que acontece? Normalmente tira-se o médico do procedimento. Até então o Conselho Federal de Medicina defende que o transplante capilar ele é um uma cirurgia estritamente médica, de responsabilidade médica. É um procedimento de baixo risco, baixíssimo risco, baixo risco, mas requer todo o cuidado que o profissional médico tem que ter, porque são cirurgias longas com anestésico, né?”.
Segundo a especialista, no mercado há profissionais que cobram de R$ 8 mil até R$ 250 mil em um transplante. No entanto, optar por valores muito abaixo do mercado pode comprometer o resultado.
“Tem que tomar muito cuidado com isso. Normalmente quando é para cima, é o valor do nome do médico e quando é para baixo, aí falta alguma coisa que pode comprometer”.
Técnicas diferentes: diferença entre FUT, FUE e DH
O transplante capilar, especialmente com as técnicas como FUT, FUE e DHI, se apresenta como uma alternativa para homens de várias idades que enfrentam o problema da calvície.Elas apresentam características distintas que podem influenciar a escolha do procedimento, dependendo dos objetivos e das necessidades do paciente.
A principal diferença entre elas está na forma como os folículos capilares são extraídos e inseridos no couro cabeludo.
FUE
A técnica FUE é uma das mais populares no transplante de cabelos, devido à sua abordagem minimamente invasiva. Neste método, os folículos capilares são retirados individualmente da área doadora (geralmente na parte de trás da cabeça, onde o cabelo é mais denso) e, em seguida, são implantados em pequenos cortes feitos no couro cabeludo da área receptora.
Esse procedimento é realizado com a utilização de uma agulha especializada, que permite a extração de cada folículo de maneira precisa. A vantagem da FUE é que ela deixa cicatrizes quase imperceptíveis, pois os cortes são muito pequenos, permitindo uma recuperação mais rápida e menos visível. Além disso, é uma técnica bastante eficaz para quem busca cobertura em áreas maiores.
No entanto, o processo de implante envolve a abertura de pequenos canais no couro cabeludo, o que pode levar um pouco mais de tempo e exigir cuidados mais intensivos durante a recuperação. A cicatrização pode variar de paciente para paciente, mas, em geral, é rápida e discreta.
FUT
A FUT, ou Transplante de Unidade Folicular, é a técnica do corte que faz a transecção da pele. Consiste num procedimento em que uma faixa de couro cabeludo contendo múltiplas unidades foliculares é retirada da área doadora. Essa faixa é então dividida em pequenos fragmentos que contêm entre uma a quatro unidades de cabelo cada, que são cuidadosamente transplantadas nas regiões de calvície.
DHI
O DHI, por outro lado, é uma forma de implantação e se diferencia pela tecnologia usada na colocação dos folículos capilares. Ao invés de criar canais no couro cabeludo, o DHI utiliza uma caneta implantadora chamada “Choi”, que permite a inserção direta dos folículos capilares nas áreas calvas, sem a necessidade de abrir os canais previamente. Essa abordagem resulta em menos incisão e, consequentemente, um processo de cicatrização mais suave.
Uma das principais vantagens do DHI é o controle preciso do ângulo e da direção do implante, o que torna possível criar um padrão de crescimento do cabelo mais natural. Isso é especialmente vantajoso para áreas mais delicadas, como a linha do cabelo e as regiões da testa, onde é fundamental garantir uma distribuição capilar que se assemelhe ao crescimento natural dos fios.
Além disso, como o DHI não exige a abertura de canais, o tempo de recuperação tende a ser mais rápido, já que o couro cabeludo sofre menos trauma. Porém, o processo de implantação direta pode ser mais demorado e requer um nível de habilidade do profissional especializado para garantir um resultado satisfatório.
Quando começam a aparecer os resultados do transplante capilar?
O resultado final do transplante capilar começa a aparecer depois de 1 ano e quatro meses depois do procedimento, segundo a especialista Daniele Alves. De acordo com a médica, o crescimento é lento e envolve a recuperação do couro cabeludo.

Veja o cronograma detalhado pela médica:
- Aproximadamente 10 dias surgem as “casquinhas” na cabeça;
- De três a seis semanas, 90% e 99% dos fios transplantados caem;
- Com 3 meses começam a aparecer os primeiros resultados do transplante;
- Com 6 meses é possível ter aproximadamente 50% do resultado;
- A partir de 1 ano e quatro meses surge o resultado final.
Transplante capilar na Turquia vale a pena?
Nos últimos anos, a Turquia se tornou um destino popular para quem busca a recuperação capilar, especialmente quando o assunto é transplante de cabelo. Com a crescente demanda por esse tipo de procedimento, muitos se perguntam: vale a pena viajar até a Turquia para fazer um transplante capilar? A resposta pode variar do que cada paciente procura.
Inicialmente, a procura acontecia pelo país estrangeiro ser pioneiro na realização de procedimentos capilares. Além disso, o preço também foi um motivo levado em consideração. No entanto, com a popularização da técnica em outros países, como o Brasil, o preço mais acessível e o valor do Euro, a especialista em transplante capilar, ressalva que não vale mais a pena.
“A Turquia foi quem desenvolveu a técnica. Então, até algum tempo atrás, valia a pena frente aos preços daqui do Brasil, que eram da outra técnica, que eram preços bem mais elevados.
Valia a pena de, né, fazer o custo financeiro de ir para lá realizar cirurgia.”
“Eles fazem uma experiência real. O paciente chegava na Turquia e era buscado de limousine no aeroporto. Então era uma experiência, como um passeio, tipo um ‘turismo capilar’. No fim, todos voltavam com a cabeça encaixada”
completou a médica.
Transplante capilar no Paraguai vale a pena?
Com a popularização do procedimento, muitos pacientes têm buscado opções fora do Brasil como o Paraguai, onde os custos são mais baixos. Mas será que o valor mais acessível compensa os riscos e a possível falta de acompanhamento médico?
A principal atratividade dos transplantes capilares realizados no Paraguai é, sem dúvida, o baixo custo. No entanto, Daniele Alves alerta que essa economia pode ter consequências.
Aquela velha história: quem derruba o preço, alguém sai perdendo. Não preciso dizer quem é, né?”, afirmou a médica.
Segundo ela, embora não critique diretamente os profissionais que atuam no Paraguai, é preciso entender o motivo pelo qual os valores são tão inferiores.
“O que eles atribuem a esse custo reduzido? Provavelmente seja a equipe. A pessoa pode não ter o acompanhamento pós”, explicou.
Um dos pontos mais destacados pela médica é a importância do acompanhamento após o procedimento. Segundo ela, o pós-operatório é crucial para o sucesso do transplante e para garantir que possíveis complicações sejam tratadas a tempo.
“O bom de fazer na sua cidade é que você tem o acompanhamento real. A qualquer problema, o paciente pode ir até o consultório e receber orientações imediatas.”
Ela cita exemplos práticos que demonstram a vantagem de ter o profissional por perto: “Ah, doutora, tá coçando. O que eu faço? Começou a fazer foliculite. Como tratar? Isso só é possível com acompanhamento de perto.”
Fazer fora do país exige cuidados extras
É fundamental verificar se o procedimento será realizado por médicos qualificados, se a equipe é experiente e se existe algum tipo de assistência após a cirurgia.
Além disso, vale lembrar que eventuais complicações ou retoques posteriores podem exigir novas viagens ou, pior, a correção com outro profissional, aumentando o custo total — algo que muitas vezes anula a economia inicial.
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