Evitar a automedicação é sempre um dos alertas dos especialistas para vários tipos de doenças. No caso de suspeita ou diagnóstico da dengue não é diferente. Com o uso de medicações inadequadas, é possível agravar o quadro do infectado, podendo resultar em dengue hemorrágica, em casos mais sérios; entenda motivo.

Pacientes com suspeita de dengue em postinho, tomando medicação.
No terceiro estágio da dengue é necessário internamento em alguns casos (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Após uma pesquisa na internet, é comum que alguns cidadãos acabem realizando o autodiagnóstico, que muitas vezes vêm acompanhado da automedicação para diminuir os sintomas.

Um dos exemplos mais rotineiros, é o uso de ibuprofeno ou ácido acetilsalicílico (AAS), para amenizar a febre, que é um dos efeitos da Dengue. Apesar de parecer favorável, esses remédios podem gerar piora na doença, devido aos seus componentes.

Isso acontece pois esses medicamentos interferem na coagulação do sangue, elevando o risco de sangramentos e hemorragias, uma das principais complicações da doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Este tipo de situação pode levar ao internamento do paciente e até à morte, em infectados em estado grave.

Medicações para evitar em caso de dengue:

  • Ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina);
  • Ibuprofeno;
  • Diclofenaco;
  • Naproxeno;
  • Piroxicam;
  • Corticóides (como prednisona e dexametasona).

Indicações para o tratamento da dengue

  • Hidratação – O vírus pode causar desidratação no paciente, dessa maneira, todo líquido como soros, água, chás e sucos, podem ser alternativas para auxiliar o funcionamento do organismo.
  • Hábitos alimentares – Com o organismo enfraquecido, refeições mais leves são ideias para nutrir o corpo. Alimentos com muita gordura ou ultra processados podem prejudicar na digestão e na recuperação.
  • Medicação – Os remédios mais indicados para amenizar os sintomas são o paracetamol e a dipirona (não elevam os riscos de sangramento).

Sintomas de alerta

  • Dor abdominal intensa e contínua;
  • Vômitos persistentes;
  • Hipotensão postural e/ou lipotimia (tonturas, decaimento, desmaios);
  • Hepatomegalia dolorosa (aumento do fígado com dor);
  • Sangramentos na gengiva, nariz ou hemorragias graves (vômitos ou fezes com sangue escuro);
  • Sonolência e/ou irritabilidade;
  • Redução do volume de urina;
  • Hipotermia;
  • Desconforto respiratório.

*Com supervisão de Daniela Borsuk

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Alana de Abreu

Estagiária de jornalismo

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.