Às vésperas do fim da validade do Decreto Municipal 565/2021, que colocou Curitiba em situação bandeira vermelha e restringiu o funcionamento de serviços e comércios, e um dia depois de chegar a taxa de ocupação dos leitos de UTI SUS exclusivos para covid-19 atingirem 100%, a prefeitura da capital prorrogou as medidas até o dia 28 de março e estabeleceu novas limitações na circulação de pessoas. 

O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (19) e regulamentado como novo decreto Decreto 600/2021. “Imploramos para que essa cidade inteligente seja consciente, saia de casa apenas para o essencial. È um momento de união, nós precisamos frear a contaminação. A epidemia está descontrolada”, disse o prefeito Rafael Greca. 

Greca também ressaltou que caso as cidades da região metropolitana e litorâneas não sigam as medidas de enfrentamento à pandemia, o resultado poderá ser um “desastre sanitário”.

“Nós não temos nenhuma alegria em fazer isso, nem um prazer de anunciar isso. É preciso que todos que advogam pelo negacionismo da pandemia, a liberdade econômica, o direito de ir e vir, ponham na cabeça uma verdade inexorável: ‘A maior privação da liberdade é a morte’. O morto não fatura, o morto não compra, o morto não vende, não se encontra, o morto não ama, o morto não ginastica, não vai ao parque, não tem nem a liberdade de negar a pandemia. O morto não milita politicamente. A maior liberdade é a saúde. A libertação da cidade virá da vacinação em massa”, declarou o prefeito.

Ele ainda completou “nós estamos sofrendo os efeitos daqueles excessos passados, mas ainda temos obrigação de fazermos uma contenção para evitar desastres futuros. […] Nós precisamos de um momento de contenção. Se cada um de vocês ajudar, vai passar. É a sociedade toda que tem que desejar a cura”, disse ao apelar para que órgãos de comunicação, autoridades, juízes, promotores, o arcebispo de Curitiba, pastores, políticos e líderes de associações comerciais colaborem com as medidas de restrição. 

O prefeito de Curitiba também ressaltou que este é um momento que exige união da sociedade e que é preciso que as pessoas parem de acreditar em soluções não comprovadas, como o uso da Ivermectina e Cloroquina em tratamentos precoces ou de contenção da doença.

“Todo mundo tem que pôr na cabeça que o vírus mata, que lombriga não é vírus e portanto Ivermectina não cura, só faz mal para o rim, que cloroquina não mata vírus porque senão Manaus estaria imune pela malária. Nós temos que ter esperança pela vacina. Não podemos cair em ilusões e tergiversação políticas. A hora é de profunda harmonia. Todos devemos nos unir, não existe direita, nem esquerda”, disse Greca.

“Até que um dia estejamos todos imunizados e possamos convocar uma grande festa, muito vibrante, do abraço curitibano com a saúde e vivermos de novo a liberdade. Pode ser até uma rave da saúde, eu vou, boto um algodão no ouvido e vou”, finalizou o prefeito.