Uma parceria entre Procon de Maringá e Universidade Estadual de Maringá (UEM), verificou que quase metade do álcool em gel vendido na cidade está em situação irregular. Das 32 amostras analisadas pelo laboratório a pedido do Procon, em prevenção ao coronavírus, 47% foram reprovadas.
Entre os principais motivos de reprovação, no teste de qualidade, está a falta de informação ou dados irregulares na rotulagem do produto.
“A iniciativa partiu do Procon para termos produtos de qualidade à venda em Maringá. Também vamos comunicar a Vigilância Estadual para vistoriar empresas produtoras do álcool em gel irregular “, explica diretor do Procon, Geison Ferdinandi.
As marcas irregulares serão notificadas para adequações necessárias, conforme determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso problema continue, o Procon poderá aplicar multa, entre outros procedimentos e sanções. Nesses casos, a multa varia entre R$ 720 e R$ 9 milhões.
As marcas tem dez dias úteis, a partir da notificação, para se regularizarem. Caso não sejam feitos os ajustes necessário, a marca está sujeita ao recolhimento dos produtos e até um possível recall.
Entre os principais problemas na rotulagem estão letras pequenas, descrição do produto incompleta, falta de números, documentos, dados e registros na Anvisa, além de falta de orientações e alertas aos consumidores.
A falta de descrição da composição do produto, entre outras situações que não comprovam qualidade do álcool também estava entre os problemas de rotulagem.
Dos 21% aprovados, seis produtos apenas, três deles ainda têm restrições e precisam de adequações. Além de haver embalagens inadequadas para venda do produto.
Já na qualidade do álcool em gel, há fabricação com produtos inadequados que interferem na qualidade e eficiência do combate ao coronavírus. Inclusive não sendo 70%.
No caso das irregularidades encontradas nos testes feitos na UEM, o produto não atende as especificações da Anvisa e não é adequado à prevenção contra coronavírus.
O fiscal do Procon Maringá, Bruno Bieli, informa que 32 amostras foram coletadas em supermercados, farmácias e lojas em Maringá no mês de julho.
Os testes foram coordenados pela professora do Departamento de Farmácia da UEM e responsável pela Farmácia de Manipulação da UEM, Marli Miriam de Souza Lima. É primeira vez que esse tipo de teste foi realizado em álcool em gel em Maringá.